terça-feira, 5 de maio de 2009
Maranhenses Ilustres - Apolônia Pinto
Se o teatro brasileiro tem Fernanda Montenegro como sua primeira dama, o que dizer de Apolônia Pinto em relação ao mundo cênico maranhense e nacional? A resposta vem em placas. Todas duas imortalizadas no camarim nº 1 do Teatro Arthur Azevedo. Apolônia Pinto, atriz maranhense reverenciada graças a uma dádiva ocorrida há 146 anos. No dia 21 de junho de 1854, nascia nos bastidores do antigo “União” e “São Luiz” – os dois primeiros nomes do Arthur Azevedo – a insubstituível atriz maranhense. Seu pioneirismo e sua genialidade logo a transformaram na maior atriz do país.
Ainda menina, aos doze anos, Apolônia já se preparava, no mesmo camarim que nasceu, para viver o papel da ingênua de “A Cigana de Paris”. Resultado: um sucesso. Em seus 83 anos de vida ficou conhecida como a maior intérprete das paixões humanas da ribalta nacional. Apolônia foi atriz numa época em que não havia mídia, patrocinadores e cachês. Trabalhava por amor à arte. Os artistas viviam de doações: jóias, pedaços de terras ou animais.
Mas nem por isso seu trabalho deixou de ser reconhecido. Onze anos depois da sua morte, em 1948, alguns jornalistas já se preocupavam com sua memória e seu acervo histórico-cultural. Exigiam que o camarim nº 1 do Teatro Arthur Azevedo fosse transformado em Museu Apolônia Pinto. Em 1966, seus restos mortais foram trazidos para São Luís e depositados no próprio TAA, onde existem um busto da atriz e uma urna contendo seus ossos. Vida eterna ao Teatro. Para sempre primeira dama.
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