quinta-feira, 9 de maio de 2013

Roseana Sarney entrega hoje a Biblioteca Pública Benedito Leite


Com investimento do governo da ordem de R$ 7 milhões, sendo R$ 5,5 milhões em obras civis e o restante em equipamento

Totalmente reformada, ampliada e modernizada, a Biblioteca Pública Benedito Leite, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Cultura (Secma), será entregue pela governadora Roseana Sarney e pela secretária Olga Simão hoje, às 11h. Com investimento de R$ 7 milhões, sendo R$ 5,5 milhões em obras civis e o restante em equipamento, a obra de recuperação total do prédio foi executada pela equipe da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).
Os serviços consistiram na recuperação de toda a estrutura física, incluindo substituição do telhado e ampliação do anexo (Biblioteca Infantil Viriato Corrêa), e também a troca das instalações elétrica, hidráulica, sanitária e da rede lógica. Com a obra, que teve início no fim de 2010, o prédio ganhou espaços, todos climatizados, com tecnologia de ponta e acessibilidade a pessoas com necessidades especiais.
Entre as novidades, estão a Biblioteca do Bebê (pioneira no país), Espaço de Leitura (usuário leva seu próprio livro para ler) e o palco e a sala de projeções de filmes, instalados no prédio anexo da Biblioteca Infantil Viriato Corrêa. Há novas acomodações também para os setores de Direitos Autorais, Informação Utilitária, Telecentro, Salas de Multimídia e de Microfilme e Laboratório de Higienização e Digitalização do Acervo. A área do Setor de Braille foi ampliada e seu acervo passa a dispor de novos livros.
Na área dos equipamentos modernos, a Biblioteca Pública passa a contar com um scanner de microfilmes - digitaliza direto para impressora, pen-drives e disco rígido, além de permitir que o usuário salve uma cópia da informação digitalizada e realize a pesquisa em casa, se conectando à internet; permite o envio das obras digitalizadas por e-mail -; um scanner planetário - permite a digitalização de obras encadernadas e em folhas soltas, até o formato A2, tendo como características a alta qualidade e velocidade de digitalização, a baixa exposição dos originais à luz, o não uso de radiação ultravioleta e a não emissão de reflexos mesmo com papéis brilhantes.

Acervo - O acervo da Biblioteca Pública foi enriquecido com 10 mil obras. Com isso, serão mais de 140 mil títulos, entre livros, jornais, revistas, manuscritos, microfilmes, diários oficiais, livros em braille e obras raras. “O acervo é valioso não só pela quantidade, mas fundamentalmente pela qualidade da informação que disponibiliza aos seus usuários”, afirmou a diretora da Biblioteca Pública Benedito Leite, Rosa Maria Ferreira Lima.
A Biblioteca Pública desenvolve uma série de ações de incentivo à leitura. Na lista de projetos estão Terça na Biblioteca, Quinzena do Livro Infantil e Juvenil, Arraial da Tia Nastácia, Férias na Biblioteca, Natal na Biblioteca, Livro na Praça, Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) e Semana do Livro Infantil. O espaço ficará aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 19h.

Biblioteca fez 182 anos de fundação


A Biblioteca Pública Benedito Leite está completando 182 anos, sendo um monumento à leitura e ao conhecimento no Maranhão. Criada pelo então presidente da província, Cândido José de Araújo Viana, em 3 de maio de 1831, tendo como origem uma subscrição popular e voluntária e recebendo o nome de Biblioteca Pública Estadual, a Casa até hoje abriga acervo de livros, revistas, obras de arte, coleções de jornais maranhenses datados desde a Independência (1822) e manuscritos do século XVIII.
Ponto de encontro de jornalistas, escritores, professores, bibliotecários, entre outros intelectuais, a Biblioteca Pública desempenha um papel de relevância cultural no Maranhão e no país. Prova disso é que na Casa de Leitura foram proferidas as famosas Conferências da Universidade Popular do Maranhão e fundadas a Oficina dos Novos, a Sociedade Cívica das Datas Nacionais e a Academia Maranhense de Letras.
A primeira sede da Biblioteca Pública Benedito Leite foi o Convento do Carmo, na Rua do Egito, onde foi inaugurada em 3 de maio de 1831. Mas muitas foram as mudanças nesses anos de trajetória. No ano de 1851, o espaço foi anexado ao Liceu Maranhense. Depois, pela Lei nº 752 de 1º de junho de 1866, ficou sob a guarda do Instituto Literário Maranhense. Em 10 de junho de 1872, passou aos cuidados da Sociedade 11 de Agosto.
Já no dia 4 de abril de 1883, foi aberta ao público na Igreja da Sé, retornando ao Convento do Carmo em 1886, onde permaneceu abandonada e esquecida. No ano de 1892, é transferida para a Rua Afonso Pena. Três anos após, o acervo foi levado para o prédio da Rua da Paz, hoje Academia Maranhense de Letras, onde reabriu ao público em 25 de janeiro de 1898, sob a direção de Antônio Lobo. No período de 1914 até 1927, retornou ao prédio da Rua do Egito para a parte térrea, sendo novamente transferida para o casarão da Rua da Paz.

Nenhum comentário: