Obra terá recursos de R$ 31 milhões e deve ser realizada em cinco meses
Representantes de instituições ligadas a lojistas, da Prefeitura
e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) assistiram
ontem à apresentação do projeto técnico que tem como objetivo tornar subterrânea
a rede de energia elétrica de toda a extensão da Rua Grande, elaborado pela
Companhia Energética do Maranhão (Cemar). A obra terá recursos de R$ 31 milhões
e deve ser realizada em cinco meses.
O projeto, que faz parte das propostas de obras em São Luís
dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, foi
apresentado pelo gerente de expansão da Cemar, Nierberth Brito. Toda a
construção da rede elétrica subterrânea e desativação da rede aérea deverão ser
feitas em três etapas, partindo do Canto da Viração até a Praça João Lisboa.
O projeto prevê a retirada dos postes e circuitos existentes,
das instalações da Telemar, Embratel, TV a cabo e equipamentos de sonorização.
Segundo o levantamento da Cemar, grande parte da instalação da Telemar já é
subterrânea, enquanto toda a fiação da Embratel é aérea, assim como os
equipamentos de sonorização da via.
Serão construídas novas redes de média e baixa tensão em áreas
compactadas para adequação de trechos nos arredores da Rua Grande. Segundo o
gerente de expansão da Cemar, Nierberth Brito, imóveis poderão ser
desapropriados para receber as instalações elétricas da nova rede.
Além disso, a parte arquitetônica do projeto visa à substituição
da iluminação por postes coloniais de ferro e andarelas. Ao total, serão
instalados 60 postes coloniais na Rua Grande, 100 nas ruas transversais e 30
andarelas. "A iluminação é fundamental para o funcionamento da Rua Grande em um
horário mais estendido", frisou a superintendente do Iphan, Kátia Bogéa. Caso o
recurso seja suficiente, a obra pode ser estendida para alguma via entre as ruas
da Paz, do Sol e de Santana.
Discussão - A superintendente do Iphan pediu a compreensão e
colaboração dos envolvidos para a logística da obra. "Essa é uma obra difícil e
que vai causar um transtorno enorme para a população. Mas o resultado vai ser
compensador", afirmou.
Durante a apresentação do projeto, os representantes de
instituições ligadas a lojistas mostraram preocupação com os impactos que a obra
terá sobre o comércio. Kátia Bogéa afirmou que o edital de licitação pode exigir
que a empresa trabalhe 24 horas, para que o período de execução não seja
estendido e as vendas de períodos importantes, como o Natal, não sejam
atrapalhadas.
Após a apresentação do projeto, será montado um grupo de
trabalho do Iphan e dos representantes dos lojistas e realizadas várias reuniões
para discutir as dúvidas e colocar propostas. Após esse processo, será feito um
termo de compromisso para que seja lançado o edital de licitação.
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