segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pedra fundamental do Tegram será lançada amanhã, no Itaqui

Terminal de Grãos do Maranhão é uma obra que promete elevar a movimentação de produtos agrícolas no setor portuário de São Luís.



OTerminal de Grãos do Maranhão (Tegram) colocará o Porto do Itaqui como referência no país na exportação de grãos. Na esteira do crescimento da produção de grãos no Brasil e da demanda internacional, o Maranhão, por meio do Tegram, desponta como uma saída para as exportações e mercado, reunindo condições para o adensamento da cadeia do agronegócio, a exemplo do que já ocorre na região Centro-Oeste. O lançamento da pedra fundamental do Terminal acontecerá amanhã, no canteiro de obras.
Com o terminal, a capacidade instalada no Porto do Itaqui, em São Luís, chegará a 15 milhões de toneladas/ano até 2020, o equivalente a aproximadamente 1/3 da capacidade instalada para exportações de soja, milho e farelo pelos portos do Arco Norte, que compreende os portos de Porto Velho (RO) até o Itaqui (MA).
A implantação será muito importante porque hoje existe uma demanda portuária reprimida nas novas fronteiras do agronegócio, determinando que soja e milho sigam para os abarrotados portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e São Francisco no Sul (SC).
Dos principais países exportadores de grãos (Estados Unidos, Argentina e Brasil), apenas este último não está no limite das suas fronteiras agrícolas. Isso torna o Brasil o único país a reunir as condições para ofertar um volume de mais 25 milhões de toneladas de grãos até 2020, para atender uma demanda mundial que crescerá 50 milhões de toneladas.
Pelas estimativas, o crescimento populacional, além do aumento da renda das populações, especialmente na Ásia, vai continuar pressionando o aumento da produção mundial por alimentos e nesse sentido os estados do Arco Norte terão uma importância inegável.

Estratégica - A estratégia é começar a operar o Tegram ao fim de 2013, antes que projetos semelhantes nos estados vizinhos saiam do papel. Isso dará ao terminal de grãos ainda mais competitividade para atrair outras cargas. A cadeia do adensamento que tende a ser formada na área de influência do Tegram envolve alimentos como as carnes bovina, suína e de frango, fertilizantes entre outros. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até 2020, a produção nacional de carne deverá abastecer o mercado mundial nos seguintes percentuais: bovina (44,5%); frango (48,1%) e a carne suína (14,2%).
Atualmente, 75% da produção de carnes (bovina, suína e de frango) são destinados ao mercado interno e o consumo per capita só aumenta. A produção de carnes deverá crescer, segundo o Mapa, em mais de 12,6 milhões de toneladas até 2018/2019. Mas não é só isto, fatalmente, os setores canavieiro e florestal terão uma grande expansão à medida que os empreendedores tiverem confiança, em que haverá capacidade portuária para as exportações.
O volume de grãos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em estados como Bahia (14%), Mato Grosso (12%) e Piauí (10%), área de influência do Tegram, a expectativa é de aumento da área plantada. Para a safra atual, é esperada uma produção de 182,27 milhões de toneladas, contra 165,7 milhões da safra passada.

Logística - A construção do Tegram, a entrada em operação da Ferrovia Norte-Sul, de Palmas (TO) até Açailândia (MA), e a sua conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC) criaram as bases para o corredor, que tem o porto do Itaqui como destino.
Com a implantação de novos terminais no Norte do país, estima-se que dois terços das cargas transferidas hoje para portos do Sul e Sudeste, cerca de 30 milhões de toneladas, sairiam pelos portos do Arco Norte.
Soma-se a isso a ampliação do Canal do Panamá, que, com a obra, permitirá passagem de navios graneleiros (atualmente limitados a 60 mil toneladas de porte bruto) de até 150 mil toneladas de porte bruto. Na rota para a Ásia, principal destino da soja brasileira, estima-se uma redução no frete da ordem de 20%, o que beneficiará portos como o Itaqui, no Maranhão.

Consórcio - O Tegram é um consórcio de empresas formado pela NovaAgri Infra-Estrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A, Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, CGG Trading S.A e Consórcio Crescimento, integrado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A e Amaggi Exportação e Importação Ltda - que ofertou à Emap R$ 143,1 milhões a título de taxa de oportunidade de negócio. Outros R$ 322 milhões serão investidos para a construção do terminal até o fim de 2013.
O Tegram terá capacidade estática de armazenamento de 500 mil toneladas (base soja), compreendendo quatro armazéns com capacidade de 125 mil toneladas/cada e movimentação final de 10 milhões de toneladas/ano na sua segunda fase, prevista para 2019.
O Porto do Itaqui movimenta atualmente 2,5 milhões de toneladas de grãos/ano e é somente o primeiro passo para a diversificação de atividades e a semeadura de um grande projeto de desenvolvimento regional, mas, acima de tudo, para estruturar a missão do agronegócio brasileiro de rapidamente estar preparado para passar a ser o maior supridor do mercado internacional.

Serviço


O quê
Lançamento da pedra fundamental do Tegram.
Quando
Quarta-feira, dia 7, às 10h.
Onde
Porto do Itaqui, Av. dos Portugueses, s/nº, canteiro de obra do Tegram.

Um comentário:

governadorarchernews disse...

Foi por isso que fizeram um concurso ultimamente então né mesmo?
Para trabalhar aí nessa área?
Legal.