domingo, 2 de setembro de 2012

Iphan é o grande vilão responsável pelo caos na mobilidade urbana de São Luís

 
Max Barros afirma que IPHAN é quem não deixa construir a ponte do quartocentenário impedindo a mobilidade urbana que serviria para desafogar o trânsito evitando de passar pelo Centro Histórico. Pontes esta que além de útil já dispunha de recursos para a construção. Veja: http://maranhaomaravilha.blogspot.com.br/2010/12/max-barros-afirma-que-os-recursos-para.html


Max Barros destaca inauguração da reforma do Castelão e de trecho da Via Expressa

Por Waldemar Terr (Repórter de Política) /
wter@uol.com.br – wter.blog.uol.com.br


ANIVERSÁRIO DE 400 ANO S DE SL
O secretário de Infraestrutura do Estado, Max Barros, destaca a inauguração, durante as festividades dos 400 anos de fundação de São Luís, em 8 de setembro, da reforma do Estádio Castelão e a conclusão do primeiro trecho da Avenida Via Expressa, de 2,5 quilômetros. Max Barros garante que o estádio ficou moderno e foi reformado atendendo as determinações do Estatuto do Torcedor; e que o primeiro trecho da Via Expressa vai ajudar a desafogar o trânsito da capital maranhense.
O secretário fala também com entusiasmo de outro projeto, chamado de Corredor Metropolitano, que para ele vai ser a obra de mobilidade urbana mais importante para a Ilha, com um corredor exclusivo para o transporte de massa. A obra deve começar no final do ano pelo governo do Estado. “Serão oito vias, com duas exclusivas para transporte de massa, começando do aeroporto do Tirirical, passando pelo São Raimundo, Cidade Operária, por traz do Cohatrac, por trecho da Estrada da Maioba e pelo trecho que vai do Beira-Rio e até a MA de acesso à Raposa. Daí vai coincidir com a Avenida dos Holandeses até o quartel da PM, no Calhau, cujas avenidas serão ampliadas, para beneficiar cerca de 300 mil pessoas. O projeto executivo já está pronto, com recursos aprovados pelo governo federal dentro do PAC Mobilidade Urbana, com R$ 428 milhões assegurados, tendo como contrapartida do Estado, R$ 100 milhões”, afirma.
A seguir a entrevista, na qual o secretário fala mais sobre esses e outros temas.
Jornal Pequeno – Qual era a situação do Estádio Castelão?
Max Barros – O Estádio Castelão encontrava-se interditado há vários anos, porque apresentava graves problemas estruturais com risco até de desabamento. Por conta disso, fizemos o projeto para realizar a recuperação e modernização do Estádio, dentro do que estabelece o Estatuto do Torcedor, para que ele seja capaz de receber qualquer jogo sem oferecer riscos para as pessoas e oferecendo qualidade e conforto, ficando à altura das melhores praças de esporte do país. A reforma do Estádio começou em dezembro de 2011, com a previsão de ficar pronto para ser inaugurado dentro do conjunto de obras que o governo do Estado vai entregar à cidade de São Luís durante o aniversário de seus 400 anos de fundação, o que, de fato, acontecerá.
JP – A reforma deixou o Estádio em qual situação?
MB – As obras no Estádio atingiram as partes estruturais, gramado, partes elétrica e hidráulica e em todos os alojamentos, que são ao todo 30. Foram reformados também bares e restaurantes e os 29 banheiros, que foram adaptados para receber pessoas com necessidades especiais. Nos banheiros, foi utilizado material antivandalismo. Foram instaladas catracas eletrônicas. A capacidade de torcedores foi reduzida para 40 mil, para garantir que todos os assistentes estejam devidamente acomodados em cadeiras. Foi criada também uma rota de fuga, para ser utilizada em caso de emergência.
JP – É verdade que as cabines da imprensa, vestiários e outras áreas foram climatizadas?
MB – O Estádio passa a ter 12 camarotes, 12 cabines de rádio e quatro de TV, todas climatizadas e ligadas à internet, para que a imprensa possa trabalhar nas melhores condições possíveis. Foram reformados também todos os vestiários, com climatização e gramado sintético para que os atletas se aqueçam antes das partidas, além disso, possui banheiras de hidromassagens. Para cobrir eventual blackout, o Estádio ganhou dois geradores, além de refletores modernos e o placar eletrônico são leds, que pode servir de telão e é o que há de mais moderno no mundo. Há ainda um circuito interno para garantir a segurança de todos e a parte viária de acesso ao entorno do Estádio foi recuperada. Todo custo dessa reforma foi de R$ 30 milhões, por isso houve críticas de que os recursos seriam mais bem investidos em áreas sociais, mas não podíamos deixar que o um patrimônio do Estado, avaliado em quase R$ 1 bilhão, viesse a ruir. O Maranhão precisava que sua principal praça de esporte fosse recuperada, dando ao estado uma opção boa e moderna de estádio, para fundamentalmente ajudar também o futebol maranhense.
JP – Qual o trecho da Via Expressa que vai ser inaugurado agora no aniversário da cidade?
MB – Será o primeiro trecho do lote 1 da Via Expressa, de 2,5 km, que vai ser entregue à população agora pela governadora. Nasceu como uma obra que pode ajudar a região metropolitana na questão do trânsito. É uma artéria paralela à Avenida Jerônimo de Albuquerque, que apresenta sua capacidade de tráfego praticamente esgotada, particularmente nos horários de pico, e que receberá também parte do tráfego da Avenida dos Franceses. O estudo que mandamos fazer assegura que pelo menos 33 mil pessoas/dia vão passar a utilizar a Via Expressa, mostrando a importância do projeto para a mobilidade urbana. Esse primeiro trecho do lote 1 permitirá o acesso da Colares Moreira à Carlos Cunha e interligará esta ao Cohafuma, totalizando 2,5 km. O segundo trecho do lote 1 irá do Cohafuma à Daniel de La Touche e será entregue em dezembro.
JP – O que foi feito na parte a ser inaugurada e as preocupações com os impactos ambientais?
MB – O primeiro lote será constituído de dois viadutos, cinco pontes em concreto protendido que chegam juntas a um quilômetro de extensão. Um viaduto já está pronto, na Carlos Cunha, e o segundo ficará pronto no final do ano, no Maranhão Novo. A obra foi projetada para provocar o mínimo de impacto ambiental possível, mesmo que tenha ficado um pouco mais cara, mas as cinco pontes garantirão a preservação de mangues. O projeto foi aprovado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e essa foi nossa preocupação constante, de provocar o mínimo de prejuízos ao meio ambiente. Além disso, a via possui seis faixas de trânsito, com duas para transporte coletivo, o que vai ajudar bastante a população que usa ônibus, porque assim vai chegar mais rápido e no horário ao trabalho. A via tem ainda canteiro central, passeios dos dois lados e ciclovia.
JP – Quando sai a segunda etapa?
MB – Estamos trabalhando no projeto do segundo lote da Via Expressa, que já tem recursos aprovados no PAC Mobilidade Urbana, do governo federal. O projeto executivo já está concluído para que seja realizado no próximo ano e ele será do Maranhão Novo à Avenida Santos Dumont, no Anil, com a existência de um corredor direto do aeroporto até o Renascença.
JP – E como o senhor tratou a questão das desapropriações no Vinhais Velho?
MB – Em relação às desapropriações, mesmo com as preocupações necessárias, toda obra estruturante não deixa de causar algum tipo de impacto ambiental e social, é o preço que pagamos para modernizarmos a cidade. Tivemos todo o cuidado, realizamos audiência pública e o projeto foi aprovado pela Sema. Tanto que em relação ao Vinhais Velho, onde foi encontrado um sítio arqueológico, recorremos ao IPHAN, que foi importante para assegurar que fosse resgatado todo material, que vai ser colocado num museu até para contar a história do bairro, um dos mais tradicionais da cidade. O IPHAN já liberou para que realizemos a obra. Os imóveis foram avaliados pela Caixa. Já indenizamos cerca de 80 imóveis, o pouco que falta o governo está aberto a negociar e a fazer acordos amigáveis porque sabemos do problema social e em respeito às pessoas.
JP – Como ficou a questão do projeto da ponte 4ª Centenário?
MB – Essa ponte seria construída da Avenida Ferreira Gullar até o Aterro do Bacanga, na altura do Terminal de Integração, ligando a cidade nova à cidade antiga. As duas pontes atuais, José Sarney e Bandeira Tribuzi, estão sobrecarregadas de tráfego. A nova ponte teria 2,5 quilômetros, mas o IPHAN não aprovou o projeto que desenvolvemos, sob a alegação de que essa ponte prejudicaria o visual da cidade. Mas o projeto tem a vantagem de tirar o trânsito do Centro Histórico. Nas grandes cidades o que se vê é velho convivendo com o que há de mais moderno, a exemplo do Museu Louvre, em Paris, em cuja frente foi construída uma moderna pirâmide. Como achamos que o projeto é importante para o futuro da cidade, vamos continuar argumentando com o IPHAN, em busca de liberação da obra.
JP – E a Biblioteca Benedito Leite?
MB – A Biblioteca está totalmente reformada e modernizada, com acessibilidade garantida a pessoas com mobilidade reduzida, por meio de um elevador, climatizada e com estrutura totalmente recuperada.
JP – Existe algum projeto de urbanização para o Espigão da Ponta da Areia?
MB – O Espigão, em si, já foi concluído. É uma obra de engenharia com função de conter a erosão da orla e desassorear o canal da Ponta d’Areia. Agora, ainda vamos iniciar outra etapa, de urbanização. Vai ficar muito bonito, um novo cartão postal de São Luís. Para isso, aguardamos apenas a autorização da Marinha para iniciar os serviços.
JP – Qual outra obra o senhor acha importante para São Luís?
MB – Uma obra fundamental para a ilha de São Luís, que não está sob minha coordenação, mas está sendo executada pelo governo do Estado, é a construção das estações de tratamento de esgoto do Vinhais e da Alemanha, além da revitalização das estações do Jaracati e do Bacanga. É muito importante. Representa saúde, preservação ambiental e incremento ao turismo.
JP – Agora a Secretaria de Infraestrutura do Estado se volta para outro projeto, o do Corredor Metropolitano. Qual a importância dele?
MB – O projeto do Corredor Metropolitano certamente é a obra de mobilidade urbana mais importante para a Ilha, com um corredor exclusivo para o transporte de massa. Serão oito vias, com duas exclusivas para transporte de massa, começando do aeroporto do Tirirical, passando pelo São Raimundo, Cidade Operária, por traz do Cohatrac, trecho da Estrada da Maioba e o trecho que vai do Beira-Rio e até a MA de acesso à Raposa. Daí vai coincidir com a Avenida dos Holandeses até o quartel da PM, no Calhau, cujas avenidas serão ampliadas, para beneficiar cerca de 300 mil pessoas. O projeto executivo já está pronto, com recursos aprovados pelo governo federal dentro do PAC Mobilidade Urbana, com R$ 428 milhões assegurados, tendo como contrapartida do Estado, R$ 100 milhões. O corredor metropolitano vai favorecer a população dos bairros mais populosos e humildes, garantindo transporte público seguro, rápido e confortável e permitir que os trabalhadores tenham mais tempo para seu repouso e lazer. A parte que começa ainda neste ano será partindo do entroncamento da MA-203 com a MA-204 até o Araçagi.

Nenhum comentário: