Israelense Daniel Shechtman, ganhador do Prêmio Nobel de Química de 2011, confirmou presença na Reunião da SBPC, que acontecerá na UFMA.
O Estado do Maranhão
Popularizar a ciência é o objetivo maior da 64ª edição da Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece de 22 a 27 deste mês, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Com uma rica programação voltada para a divulgação científica, o evento contará com a presença de grandes pesquisadores.
Entre os convidados está o israelense Daniel Shechtman, Prêmio Nobel de Química no ano passado. O cientista confirmou presença no encontro. Ele realizará uma conferência no dia 24. A vinda de Daniel Shechtman é um marco na história do Maranhão. É a primeira vez que um vencedor de Prêmio Nobel visita o estado.
O pesquisador estará na abertura da SBPC e no dia de sua conferência. Daniel Shechtman falará aos participantes sobre a divulgação e popularização da ciência, além de explicar sobre os quasicristais, tema da pesquisa que lhe rendeu o Nobel de Química. Segundo o coordenador da SBPC no estado e vice-reitor da UFMA, Antônio Oliveira, é uma honra receber um cientista como Daniel Shechtman.
“A vinda de Shechtman é um incentivo para o Maranhão. Nós temos no Brasil tantos ícones na cultura, no esporte e não temos na ciência. Não existe um brasileiro que tenha um prêmio Nobel, e a visita de Shechtman é uma oportunidade de despertar nos nossos jovens a curiosidade científica”, destacou.
O coordenador da SBPC ressaltou que o cientista vai interagir com a comunidade do evento e seu alvo principal serão os jovens. Para Oliveira, se os mais novos se interessarem por ciência, futuramente poderá haver brasileiros recebendo Nobel.
“O que nós precisamos é de pessoas que gostem de ciência, digo, a ciência básica, como química, física, matemática, biologia. Os estudantes precisam perceber que o estudo científico, apesar das dificuldades, é prazeroso e contribui para o bem-estar da humanidade. É esse incentivo que esperamos receber do Daniel Shechtman, alguém que lutou por sua pesquisa e conquistou reconhecimento”, disse o professor Oliveira.
O que são quasicristais?
Durante anos, o cientista israelense Daniel Shechtman lutou para convencer seus colegas de trabalho que os quasicristais existem. Diferentemente dos cristais - formados por conjuntos de átomos organizados no espaço periodicamente, cuja menor unidade recebe o nome de célula unitária -, os quasicristais não têm células unitárias. Eles também não têm um padrão que se repita nas três dimensões do espaço. Ou seja, o "esqueleto" do material é diferente de um cristal, já que não existe um conjunto de átomos que seja repetido.
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