segunda-feira, 9 de julho de 2012

Animação e devoção marcam mais uma edição do Lava-Bois

 Segundo a organização da festa, realizada no fim de semana, cerca de 150 mil pessoas foram atraídas ao município de São José de Ribamar.

Milhares de pessoas se despediram definitivamente dos festejos juninos durante a 59ª edição do Lava-Bois, realizado no fim de semana, no município de São José de Ribamar. Em homenagem ao santo que dá nome à cidade, os brincantes e o público não demonstraram cansaço, mesmo depois de enfrentar uma longa maratona de apresentações no mês de junho. Os grupos de bumba meu boi mantiveram a animação durante a festa, que passou pela Avenida Gonçalves Dias e pela Praça da Matriz até o Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen.
Por mais um ano, o trânsito da Avenida Gonçalves Dias deu lugar ao desfile dos grupos de bumba meu boi. Cerca de 150 mil pessoas participaram do festejo, segundo a organização do Lava-Bois. Uma grande parte desse público acompanhou as apresentações desde a noite de sábado e só deixou o local depois que todos os grupos foram embora.
Assim como o público, que demonstrou muita animação durante o evento, os brincantes dos grupos de bumba meu boi disseram que todo o esforço e o cansaço por causa das apresentações são uma forma de agradecimento a São José de Ribamar pela proteção durante todo o período junino.
Durante todo o dia, os grupos e o público enfrentaram altas temperaturas. Mas, apesar do calor e do cansaço, a animação continuou até o fim da festa. "A gente dança por horas com essas indumentárias pesadas, amanhece o dia nos terreiros e até dança descalço no asfalto quando o sapato aperta os pés. Mas, mesmo cansados, nós fazemos questão de vir aqui agradecer a São José de Ribamar e, por isso, damos uns jeitinhos", afirmou o caboclo real do Boi de Juçatuba, José de Ribamar Gouveia.
Atrações - Nesta edição do Lava-Bois, o sotaque de matraca dominou o terreiro e fez a festa de milhares de pessoas. O Bumba meu boi de Matinha, que tem sua origem em um povoado da cidade de São José de Ribamar, e o Bumba meu boi de São José de Ribamar, que tem como amo João Chiador, um dos mais conhecidos cantadores do Maranhão, fizeram as honras da festa como anfitriões.
Os batalhões da Maioba e de Maracanã, que foram as atrações mais aguardadas pelo público, arrastaram uma multidão pela principal avenida da cidade balneária por quase 3 horas Comandado pelo cantador Ribinha, o Boi de Maracanã fez o público descer das calçadas que cercam o circuito da festa e se misturar aos rajados, índias, caboclos reais e músicos no asfalto.
Já o Boi da Maioba invadiu o circuito com suas toadas e fez todo o público cantar em um grande coro algumas de suas toadas mais famosas. Após o desfile pela avenida, o grupo arrastou ainda a multidão de matraqueiros e pandeireiros para o arraial do Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen para continuar com a festa até a noite.
Apesar da rivalidade existente entre o dois grupos (Maioba e Maracanã), os batalhões deixaram a concorrência de lado durante a festa e fizeram uma homenagem conjunta a São José de Ribamar, assim como aconteceu com outros grupos folclóricos. Também se apresentaram durante o Lava-Bois, os grupos de bumba meu boi de Juçatuba, Sítio do Apicum e do Jambeiro.
Segurança - Assim como no ano passado, nenhuma ocorrência grave foi registrada no circuito do Lava-Bois, segundo a Secretaria Municipal de Transporte Coletivo, Trânsito e Defesa Social de São José de Ribamar. Apenas alguns excessos provocados pelo consumo de álcool foram registrados pelo efetivo de cerca de 500 homens da Polícia Militar, Guarda Municipal e segurança privada.
Segundo o secretário municipal José Fernandes Torres, o esquema de segurança montado especialmente para o Lava-Bois garantiu que nenhuma ocorrência grave tenha sido registrada no circuito da festa. "Diferentemente do Carnaval, a festa do Lava-Bois é um ambiente que atrai mais famílias, e as pessoas vêm em grupos. Com as barreiras de contenção e forte esquema de segurança, os oportunistas se sentem mais intimidados para cometer delitos durante o encontro dos bois", afirmou José Fernandes Torres.

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