Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
Subeditor de Economia
O potencial petrolífero do Maranhão é prioridade no plano de
investimentos da OGX. Até 2013, a empresa de Eike Batista, que está
desenvolvendo campanha exploratória em busca de petróleo e gás no estado, deve
atingir a meta de perfurar 29 poços nas bacias terrestre do Parnaíba e na
marítima, do Pará-Maranhão. O cronograma de perfuração integra relatório de
resultados financeiros e operacionais, referente ao ano de 2011, divulgado
sexta-feira passada.
Das duas bacias, a campanha da OGX está mais avançada no
Parnaíba, onde já foram perfurados 10 poços, sendo dois em 2010 e oito em 2011,
com uma taxa de sucesso de 70%. Nesse período, foi confirmada a descoberta de
quatro acumulações de gás, das quais duas já declaradas comerciais, com produção
prevista para o início do segundo semestre deste ano. Mais seis novos poços
serão perfurados ao longo deste ano e oito em 2013.
Nas duas áreas declaradas comerciais, os campos produtores de
Gavião Real (Santo Antonio dos Lopes) e Gavião Azul (Capinzal do Norte), a
capacidade estimada de produção de aproximadamente 6 milhões de m³/dia de agás
natural a partir de 2013, quando os projetos termoelétricos entram em operação
comercial. O desenvolvimento do primeiro poço produtor campo de Gavião Real,
GVR-1D, teve início em setembro do ano passado, com realização de testes de
formação. Mais cinco poços adicionais foram perfurados na bacia.
Com o sucesso da campanha, a OGX decidiu adquirir 50% de
participação em mais um bloco exploratório na bacia, PN-T-102, por meio da
subsidiária OGX Maranhão Petróleo e Gás Ltda, que passou a ser operadora desse
bloco. Com essa aquisição, a empresa passou a deter oito blocos exploratórios
terrestres na bacia do Parnaíba, com área total superior a 24.500 km.
Hoje, há três sondas de perfuração contratadas pela OGX e em
operação na Bacia do Parnaíba, além de três equipes de pesquisas sísmicas que
reúnem mais de mil trabalhadores na região.
"A terceira sonda terrestre que contratamos foi recém-construída
pela BCH Energy Services. Dessa forma, além de mantermos o foco na delimitação e
desenvolvimento dos nossos dois campos atuais, avançaremos com a perfuração de
novos prospectos já mapeados em nossa extensa área de concessão, como o
prospecto Fazenda Axixá no qual recentemente iniciamos a perfuração do poço
pioneiro OGX-77", afirma o relatório.
Gás natural - Paralelamente às perfurações, a OGX realizou
audiências públicas e obteve licenças prévias e de instalação, concedidas pela
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), para a
construção da Unidade de Tratamento de Gás Natural - UTG. O processo teve início
a partir de contrato de EPC (Engineering, Procurement & Construction)
firmado com o consórcio Valerus-Geogas, que será responsável por toda a
instalação de superfície e pela planta de processamento de gás do projeto.
As obras civis já foram iniciadas na região, como a abertura de
faixas de servidão, por onde irão passar os gasodutos que irão escoar a produção
de gás, e a construção da UTG. Este projeto fornecerá gás natural para o
Complexo Termelétrico MPX Parnaíba, associação entre a MPX Energia e Petra
Energia S.A., ambas parceiras da OGX nesta bacia. Atualmente, a capacidade total
contratada do Complexo já alcança 1.500 MW.
A MPX, por sua vez, já tem contratos de EPC para implantação do
complexo termoelétrico MPX Parnaíba, que inclui Parnaíba - Fase I e II. A MPX
também já assegurou o fornecimento das turbinas para o complexo com a GE Energy.
Três das seis turbinas encomendadas já foram enviadas ao Brasil.
Os recursos, no valor de R$ 600 milhões, para o desenvolvimento
desse primeiro projeto na bacia, incluindo a perfuração de poços e construção da
UTG e de outras facilidades, foram captados pela OGX Maranhão.
Empresa detém 5 blocos na bacia Pará-Maranhão
Outra bacia que desperta interesse da OGX é a Pará-Maranhão,
onde detém a concessão de cinco blocos e planeja perfurar cinco poços até 2013,
sendo dois ainda este ano. Os planos eram iniciar os trabalhos em 2011,
inclusive até chegou a contratar a sonda Ocean Sceptor, mas por não ter recebido
licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), a campanha teve de ser suspensa.
Só na mobilização da campanha exploratória na Pará-Maranhão
feita ano passado, com a contratação de barcos de apoio, helicópteros, sonda e
outros equipamentos e prestadores de serviços, a OGX teve um gasto de R$ 195,6
milhões.
A empresa chegou até a participar de audiências públicas
promovidas pelo Ibama, tanto no Maranhão como no Pará, com a finalidade de expor
à sociedade o processo de licenciamento ambiental da atividade de perfuração
marítima. A audiência foi a última etapa para a empresa obter o
licenciamento.
Mas, devido à demora na obtenção das licenças ambientais
necessárias para o início da campanha de perfuração, a OGX desmobilizou os
equipamentos e profissionais envolvidos para evitar mais custos até que a
licença seja concedida. A plataforma Ocean Scepter, com capacidade para perfurar
poços de aproximadamente 11 mil metros de profundidade, em lâmina d'água máxima
de até 100 metros, foi devolvida à empresa Diamond Offshore.
Sobre a OGX
Focada na exploração e produção de óleo e gás natural, a OGX
Petróleo e Gás S.A. é responsável pela maior campanha exploratória privada no
Brasil. A OGX tem um portfólio diversificado e de alto potencial, composto por
30 blocos exploratórios no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo,
Pará-Maranhão e Parnaíba e cinco blocos exploratórios na Colômbia.
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