terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Iniciado procedimento de remoção de óleo do graneleiro Vale Beijing


O procedimento de retirada de óleo do navio Vale Beijing - que integra a operação - foi iniciado ontem. A chata (balsa de óleo) se deslocou, às 14h, do Porto Grande - onde estava fundeada desde o fim de semana - para a área de fundeio número três do Porto do Itaqui para acionar as bombas de sucção. A remoção do óleo estava prevista para começar durante a madrugada de hoje, após o acoplamento do maquinário. Até o fechamento desta edição, a operação seguia conforme o cronograma programado.
Na segunda-feira, a empresa Smit, contratada pela STX Pan Ocean para fazer as intervenções no navio, havia pedido um prazo de 24 horas à Capitania dos Portos para substituir as defensas (proteção de borrachões disposta na área externa da balsa) da embarcação. A intervenção foi feita e a missão iniciada. A previsão é de que os trabalhos durem três dias.
De acordo com o capitão de Mar e Guerra, Nelson Calmon Bahia, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão, após o início dos procedimentos que integram a operação, a expectativa era de que por volta das 22h, a balsa atracasse em alto-mar e somente na madrugada parte das 2,5 mil toneladas de óleo começasse a ser removida da embarcação. "Um possível entrave seria a situação de vento e maré. Até o momento, tudo está sob o que foi planejado, ou seja, em andamento", destacou.
Etapas - A remoção do óleo é feita em etapas. Após se deslocar do Porto Grande para a Baía de São Marcos, a chata alcançou a área onde está atracado o navio e iniciou o processo de atracação e acoplamento dos equipamentos. Esse processo poderia ser demorado, de acordo com as condições de maré. Em seguida, as bombas de sucção devem ser acionadas e o maquinário ligado aos tanques de combustível do graneleiro. De lá, o material é sugado por dutos, que o conduzem até tanques de armazenamento da balsa. A quantidade de óleo removida do navio corresponde apenas a um terço do total de combustível acondicionado no Vale Beijing.
Durante o andamento do processo, o sistema Current Buster é acionado e fica em alerta, para caso de vazamento de óleo ou derramamento de minério de ferro no mar. O sistema conta com duas embarcações 'âncoras', ligadas a uma boia que deve ser utilizada em caso de acidentes. Outras duas embarcações de apoio e três rebocadores são utilizados na operação. Os rebocadores sustentam o Vale Beijing em um nivelamento que proporciona a navegabilidade da embarcação e evitam o seu naufrágio.
O Estado tentou entrar em contato com a superintendência regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas os telefones disponíveis não foram atendidos.
O Vale Beijing está em São Luís desde o dia 3 deste mês. Ele faria sua primeira viagem com destino à Holanda, mas ao ser carregado no Terminal Portuário Ponta da Madeira, apresentou avarias no lastro, provocando entrada descontrolada de água no navio. O píer I do porto da Vale permaneceu inoperante por quatro dias, o que causou prejuízo em mais de 750 mil toneladas de minério de ferro. A Capitania abriu um Inquérito Administrativo para investigar o acidente e encaminhará o caso para o Tribunal Marítimo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Senhores,

O Vale Beijing não se encontra ATRACADO como leio em diversas reportagens, pois o termo atracado utiliza-se quando o navio encontra-se no porto, com os cabos passados ao cais. Na melhor das hipóteses ele encontra-se FUNDEADO, ie, com a ancora laçada n'água, ou a matroca, seguro´pelos rebocadors