Políticos e famosos do sudeste só aceitam dividir traficantes com o "resto" do Brasil, petróleo não.

Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); artistas como Xuxa, Fernanda Montenegro, Regina Casé e Cissa Guimarães; e políticos dos dois estados fizeram ontem ato contra a redistribuição dos royalties do petróleo, cujo projeto já foi aprovado pelo Senado.

Sérgio Cabral só quer mandar para o Nordeste o lixo do Rio de Janeiro

Só no Rio, a manifestação reuniu cerca de 150 mil pessoas. “Quem gosta de ser roubado?”, perguntou Xuxa, uma das mais aplaudidas. Antes dela, a atriz Fernanda Montenegro leu o “Manifesto do Rio”, que critica a proposta de mudança na distribuição dos royalties.
Cabral chamou de “aberração jurídica” a proposta de redistribuição dos royalties de campos já licitados. Conscientes de que tudo não passa de jogo político em busca de popularidade, centenas de estudantes gritavam palavras de ordem contra o governador fluminense e levavam faixas com dizeres como: “O que o governo do Rio tem feito com os royalties recebidos até agora?”.
Os outros estados também já estão organizando uma grande manifestação para Brasília, em favor de redistribuição. Os defensores da proposta alegam que o Rio já foi beneficiado demais e só a riqueza gerada com as indústrias criadas em torno das petroleiras instaladas no estado compensaria qualquer possibilidade de perda.
Proposta sensata teve o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Ele defendeu ontem, durante reunião da Sudene em Recife (PE), a divisão dos royalties do petróleo a partir do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados e municípios. Segundo ele, a medida evitaria briga entre os estados produtores e não-produtores. Esta corretíssimo.
Hoje Cabral está pedindo que o Governo Federal transfira o traficante Nem para um presídio federal. De preferência no Norte e Nordeste, onde já ficaram alojados outros marginais cariocas.
Para o governador do Rio, os nortistas e nordestinos só servem para isso. Ficar com o lixo produzido pela incompetência de sua gestão à frente da segurança pública.
É muita cara-de-pau!