domingo, 20 de novembro de 2011

Maranhão avançou seis posições no ranking nacional relacionado à renda média das famílias residentes nas capitais


Idade e região de moradia influenciam a renda



Segundo do Brasil e primeiro do Nordeste em crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o Maranhão aparece no Censo de 2010 do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o de menor renda média familiar do Brasil. O estado, que hoje recebe o maior volume de investimentos públicos e privados do país, com mais de R$ 100 bilhões em empreendimentos, entre eles a Refinaria Premium da Petrobras, é destaque também pela idade da sua população (uma das mais jovens) e pela quantidade de gente vivendo na zona rural.
Embora o Maranhão seja apontado como a menor renda média familiar da federação, o estado avançou seis posições no ranking nacional relacionado à renda média das famílias brasileiras residentes nas capitais, deixando para trás Acre, Alagoas, Piauí, Amapá e Amazonas.
Os números extraídos do Censo de 2010 do IBGE mostram que o tamanho da população rural de um estado é inversamente proporcional ao tamanho da renda média familiar da sua população. No campo, a informalidade dá o tom das relações comerciais e do trabalho e da remuneração.
Idade - No Maranhão, a renda familiar média ainda é influenciada por outro fator: a idade da população. Existe no estado uma das seis populações mais jovens do Brasil, com mais de 51% das pessoas abaixo dos 24 anos e mais de 30% com menos de 15 anos de idade. Com uma população to jovem, diminui a quantidade de pessoas ativas, que trabalham e contribuem para a elevação da renda média mensal familiar.
Enquanto no Rio Grande do Sul 63% das pessoas têm idade para o trabalho e, portanto, contribuem para uma média superior do rendimento da família, esse índice no Maranhão é de menos de 48%, tendo em vista que 51,3% das pessoas ainda estão fora do mercado de trabalho, na imensa maioria dos casos por conta do fator idade. E é assim em 21 outras unidades da federação, onde as populações economicamente ativas são maiores percentualmente.
Perspectivas – O estado tem boas perspectivas em curto e médio prazo para reverter os índices revelados pelo IBGE. Com mais de R$ 100 bilhões em investimentos públicos e privados no Maranhão, que integram um grande canteiro de obras espalhadas em várias regiões do estado, mais de 200 mil postos diretos de trabalho serão criados em diversos segmentos econômicos. Somente a Refinaria Premium da Petrobras, em Bacabeira, vai criar 132 mil empregos diretos e indiretos.
A chegada desses negócios tem valorizado a mão de obra local. Antes um marceneiro e um pedreiro de São Luís recebiam uma diária que representava 40% do valor cobrado pelos mesmos profissionais em São Paulo. Atualmente, principalmente depois da data da coleta de dados do último Censo do IBGE, quando se deu a explosão da construção civil, essas diárias estão equiparadas e em alguns casos até mais elevadas. Tanto é que pedreiros e carpinteiros de outros estados estão buscando o Maranhão como um bom mercado de trabalho.

Educação segue tendência do NE e avança no estado


Dados divulgados semana passada pelo IBGE mostram o cenário da educação no país. No Maranhão houve avanços que acompanham o crescimento da região Nordeste.
No caso do acesso escolar de crianças até 5 anos no país, comparada com outros níveis de ensino, a educação infantil ainda tem baixa demanda atendida, com uma média nacional de 29,3 matrículas em escola ou creche na rede municipal e estadual para cada 100 crianças.
O Maranhão é o quarto estado em situação mais favorável, com 34,9% de matrículas. Santa Catarina lidera o ranking com 44,1%, Espírito Santo com 42,9% e São Paulo com 36,8%, atrás do Maranhão seguem Piauí com 35,9%, Ceará 35,1% e Rio Grande do Norte 34,8%. A demanda atendida é mais baixa no Distrito Federal com 16,3%, Goiás 20,4%, Amapá 20%, Pernambuco 22,5%, Rio de Janeiro 23,1%, Amazonas 22,9% e Rio Grande do Sul 23%.
A taxa de analfabetismo na população acima de 15 anos caiu de 13,63% em 2000 para 9,6% em 2010. A proporção de crianças de 10 anos que não sabiam ler e escrever era de 6,5% em 2010, inferior à de 2000, 11,4%. Os municípios com até 5 mil habitantes totalizam 5,8%. Os índices de analfabetismo são menores que nos municípios de médio porte (10,1% nas cidades entre 20 mil e 50 mil habitantes). Em 2000, os índices eram de 11,4% e de 18,7% respectivamente.
No cenário da alfabetização, os percentuais de crianças de 10 anos de idade nas cidades de médio porte que não sabiam ler ou escrever eram mais baixos que no conjunto do estado, em especial no Nordeste. Em São Luís (6,1%) e em Teresina (4,9%), a proporção de crianças nesta situação era 2,5 vezes inferior à dos respectivos estados, Maranhão (16,4%) e Piauí (13,7%). A pior situação foi encontrada em Maceió, com 11,6%, embora seja melhor que no estado de Alagoas como um todo (17,8%).
Em 2000, o Brasil tinha 16.294.889 analfabetos nessa faixa etária, ao passo que os dados do Censo 2010 apontam 13.933.173 pessoas que não sabiam ler ou escrever, sendo que 39,2% desse contingente eram de idosos. Entretanto, a maior proporção de analfabetos estava nos municípios com até 50 mil habitantes na região Nordeste: cerca de 28% da população de 15 anos ou mais. Nessas cidades, a proporção de idosos que não sabiam ler e escrever girava em torno de 60%.

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