O Sebrae Nacional divulgou ontem o Estudo sobre a Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil, que verifica a sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras. A boa notícia é que o índice de sobrevivência das empresas aumentou em todas as regiões brasileiras. No Maranhão, o índice de sobrevivência das MPEs subiu de 69,7% em 2005 para 70,8% em 2006, anos de referência do estudo. O estado foi uma das 18 unidades da Federação que melhoraram a taxa de sobrevivência das MPEs.
De acordo com o estudo, de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado crítico para se manter no mercado. O Acre manteve o índice do último estudo e oito estados apresentaram queda no desempenho.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, esse resultado é reflexo de aspectos como "aumento da escolaridade, nova classe média e melhora do ambiente legal no país".
No Maranhão, o estudo apontou os índices de sobrevivência para a indústria (77%), comércio (76%), serviços (56%) e construção civil (54%). “No Maranhão, mais de 90% das empresas formais são de micro e pequeno porte. Isso já é um indicador da importância desse setor para a economia local. Com a vinda dos grandes empreendimentos para o estado prevemos um cenário ainda mais positivo, seja de consolidação das empresas que já estão atuando, como do surgimento de novos negócios que aproveitarão as oportunidades que estão se multiplicando no estado”, acredita o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/MA, Cláudio Azevedo.
No Brasil, são criados anualmente mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos formais. Desse total, mais de 99% são micro e pequenas empresas e Empreendedores Individuais (EI), que são responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira assinada do Brasil. Considerando a ocupação que os empreendedores geram para si mesmos, pode-se dizer que os empreendimentos de micro e pequeno porte são responsáveis por, pelo menos, dois terços do total das ocupações existentes no setor privado da economia.
Em todo o país, a taxa de sobrevivência das MPEs evoluiu de 71,9%, com base nas empresas que abriram suas portas em 2005, para 73,1%, referentes aos empreendimentos abertos em 2006, período de início do Super Simples, que trouxe vantagens tributárias para as MPEs.
As indústrias são as que mais contribuíram para este quadro crescente. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes.
Mais
Há quase 15 anos o Sebrae realiza pesquisas de campo para monitorar a sobrevivência dos novos empreendimentos. A edição deste ano do Estudo sobre Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil trouxe uma novidade em sua metodologia, que deixa de utilizar pesquisas de campo e passa a empregar a base de dados da Receita Federal. A mudança permitirá que a pesquisa seja divulgada anualmente pelo Sebrae, dando início a uma série histórica dos dados.
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