O Maranhão criou 17.777 empregos de carteira assinada no mês de setembro e demitiu 14.018 trabalhadores no mesmo período, estabelecendo um saldo líquido de + 3.759 novos empregos, o melhor resultado para um mês de setembro em três anos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, o Caged.
No acumulado do ano, foram 22.329 novos empregos formais de janeiro a setembro o terceiro melhor resultado entre os estados do Nordeste. Em 12 meses (setembro/2010 a setembro/2011), o número passa para 23.307 novos postos de trabalho criados no Estado.
Dentre os seis grandes setores da Economia, o que apresentou melhor resultado em contratações foi o de Serviços, com +5.246, seguido pela Construção Civil que contratou +4.641 novos trabalhadores e pelo Comércio, que ficou com +4.050 contratações durante o mês.
“O setor de Serviços conseguiu tirar proveito da onda de greves e fez uma expansão de pessoal para substituir os serviços públicos que estiveram paralisados nesse mês de setembro”, comentou José Antônio Heluy, secretário de Trabalho. “A Construção Civil também entrou no seu quarto mês de crescimento consecutivo e isso vem refletido pela implantação dos Grandes Investimentos no estado, que estão quase todos em fase de construção”, completou.
São Luís foi o município que mais contratou neste mês (+ 9.163), seguido por Imperatriz (+ 2.147) e Açailândia (+ 1.064).
RN tem o menor ritmo de contratações do Brasil
A conjuntura econômica desfavorável e a falta de grandes projetos em desenvolvimento este ano renderam ao Rio Grande do Norte a menor taxa de crescimento do país na geração de empregos com carteira assinada, apontou o Ministério do Trabalho e Emprego em levantamento divulgado ontem. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e mostram que o número de oportunidades criadas entre janeiro e setembro, que ficou na casa dos 10.736, significou um acréscimo de apenas 2,75% sobre o total de assalariados existente no estado até dezembro (quando havia aproximadamente 575 mil trabalhadores formais no mercado, segundo a Relação Anual de Informações Sociais - Rais ).
"A economia do RN sofreu desaceleração e alguns indicadores mostram que está crescendo menos que a nacional. O mercado de trabalho acaba refletindo isso", diz o economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Rio Grande do Norte (IBGE RN), José Aldemir Freire. Ele lembra que indicadores como geração de empregos, vendas do comércio e exportações crescem em ritmo mais lento.
O período de inflação mais alta entre setembro do ano passado e março deste ano, medidas do governo para restringir o crédito e o crescimento menor do salário este ano diminuíram o poder de compra da população e serviram de estímulo ao desaquecimento. "A economia do RN está crescendo menos e esse crescer menos merece atenção", alerta. O fato de o estado não ter grandes projetos em desenvolvimento no momento, ao contrário do que ocorre em outras unidades da federação, na visão dele também favorece a desaceleração.
Na análise por setor, a indústria aparece como a principal responsável por pressionar o mercado de trabalho potiguar este ano. Desde janeiro o setor é o que mais demite e já acumula um saldo negativo de 1.692 vagas. Na indústria têxtil de confecções o desempenho é ainda pior. Entre janeiro e setembro, o setor já contabiliza mais de 3 mil demissões a mais do que contratações no estado.
A combinação de fatores desfavoráveis não impediu que as empresas potiguares abrissem vagas. Mas o ritmo de contratações nem de longe lembra o de 2010. Para se ter ideia da diferença de cenário entre os dois anos, o saldo atingido de janeiro a setembro de 2011 - 10.736 - significa um tombo de 55,50% na comparação com o alcançado no mesmo período do ano passado. Apenas no mês de setembro, quando foram geradas 4.567 novas vagas, a redução sobre o saldo no ano anterior fica em torno de 24,8%.
REAQUECIMENTO
O reaquecimento do mercado de trabalho, que a exemplo de anos anteriores começa a se desenhar a partir de novembro - com a contratação de trabalhadores temporários em setores como o comércio - só deverá ser percebido com mais intensidade no próximo ano, diz Aldemir Freire. O impulso virá de fatores como obras da Copa e de estímulos como o aumento do salário mínimo em janeiro. "Este ano, deveremos chegar a dezembro com um saldo de 15 mil a 20 mil novos empregos gerados. É positivo, mas não vamos chegar ao mesmo patamar de 2010, quando o número chegou a 30 mil.", diz ele.
No ano passado, quando o crescimento no total de empregados foi de 8,63%, a economia brasielira cresceu 7% e o RN acompanhou esse ritmo. "É também por esse motivo, por termos uma base de comparação muito alta no ano passado que será difícil para o estado chegar em 2011 a esse patamar", observa ainda.
Indústria puxa números para baixo no país
Brasília (ABr) - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem que os números relativos à geração de empregos em setembro - mais baixos do que os registrados no mesmo período do ano passado - se justificam pela queda no nível de emprego no setor da indústria de transformação. De acordo com Lupi, esse setor perdeu quase 30 mil empregos.
"Essa foi a diferença na diminuição de empregos entre 2010 e 2011. Por isso, falamos da nossa preocupação com a indústria nacional, como a de automóveis e a têxtil, indústrias que estão sofrendo com a concorrência internacional. Grande parte dessa indústria está concentrada em São Paulo, que registra queda nos empregos", explicou.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país registrou a criação de 209.078 empregos com carteira assinada em setembro. No mesmo mês de 2010, foram gerados 246.875.
Segundo o ministro, a diminuição de empregos na indústria de transformação também explica o fato de a Região Nordeste ter registrado o maior número de novos empregos entre todas as regiões no mês.
Apesar da queda na comparação com o mesmo mês de 2010, o ministro espera que os meses de outubro e novembro sejam melhores por causa das festas de fim de ano. "Devemos ter um crescimento menor por causa dos setores que puxam [nesses meses] como serviços e comércio."
A expectativa do ministro é de que sejam criados, este ano, de 2,3 a 2,4 milhões de empregos.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/rn-tem-o-menor-ritmo-de-contratacoes-do-brasil/199777
"A economia do RN sofreu desaceleração e alguns indicadores mostram que está crescendo menos que a nacional. O mercado de trabalho acaba refletindo isso", diz o economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Rio Grande do Norte (IBGE RN), José Aldemir Freire. Ele lembra que indicadores como geração de empregos, vendas do comércio e exportações crescem em ritmo mais lento.
O período de inflação mais alta entre setembro do ano passado e março deste ano, medidas do governo para restringir o crédito e o crescimento menor do salário este ano diminuíram o poder de compra da população e serviram de estímulo ao desaquecimento. "A economia do RN está crescendo menos e esse crescer menos merece atenção", alerta. O fato de o estado não ter grandes projetos em desenvolvimento no momento, ao contrário do que ocorre em outras unidades da federação, na visão dele também favorece a desaceleração.
Na análise por setor, a indústria aparece como a principal responsável por pressionar o mercado de trabalho potiguar este ano. Desde janeiro o setor é o que mais demite e já acumula um saldo negativo de 1.692 vagas. Na indústria têxtil de confecções o desempenho é ainda pior. Entre janeiro e setembro, o setor já contabiliza mais de 3 mil demissões a mais do que contratações no estado.
A combinação de fatores desfavoráveis não impediu que as empresas potiguares abrissem vagas. Mas o ritmo de contratações nem de longe lembra o de 2010. Para se ter ideia da diferença de cenário entre os dois anos, o saldo atingido de janeiro a setembro de 2011 - 10.736 - significa um tombo de 55,50% na comparação com o alcançado no mesmo período do ano passado. Apenas no mês de setembro, quando foram geradas 4.567 novas vagas, a redução sobre o saldo no ano anterior fica em torno de 24,8%.
REAQUECIMENTO
O reaquecimento do mercado de trabalho, que a exemplo de anos anteriores começa a se desenhar a partir de novembro - com a contratação de trabalhadores temporários em setores como o comércio - só deverá ser percebido com mais intensidade no próximo ano, diz Aldemir Freire. O impulso virá de fatores como obras da Copa e de estímulos como o aumento do salário mínimo em janeiro. "Este ano, deveremos chegar a dezembro com um saldo de 15 mil a 20 mil novos empregos gerados. É positivo, mas não vamos chegar ao mesmo patamar de 2010, quando o número chegou a 30 mil.", diz ele.
No ano passado, quando o crescimento no total de empregados foi de 8,63%, a economia brasielira cresceu 7% e o RN acompanhou esse ritmo. "É também por esse motivo, por termos uma base de comparação muito alta no ano passado que será difícil para o estado chegar em 2011 a esse patamar", observa ainda.
Indústria puxa números para baixo no país
Brasília (ABr) - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem que os números relativos à geração de empregos em setembro - mais baixos do que os registrados no mesmo período do ano passado - se justificam pela queda no nível de emprego no setor da indústria de transformação. De acordo com Lupi, esse setor perdeu quase 30 mil empregos.
"Essa foi a diferença na diminuição de empregos entre 2010 e 2011. Por isso, falamos da nossa preocupação com a indústria nacional, como a de automóveis e a têxtil, indústrias que estão sofrendo com a concorrência internacional. Grande parte dessa indústria está concentrada em São Paulo, que registra queda nos empregos", explicou.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país registrou a criação de 209.078 empregos com carteira assinada em setembro. No mesmo mês de 2010, foram gerados 246.875.
Segundo o ministro, a diminuição de empregos na indústria de transformação também explica o fato de a Região Nordeste ter registrado o maior número de novos empregos entre todas as regiões no mês.
Apesar da queda na comparação com o mesmo mês de 2010, o ministro espera que os meses de outubro e novembro sejam melhores por causa das festas de fim de ano. "Devemos ter um crescimento menor por causa dos setores que puxam [nesses meses] como serviços e comércio."
A expectativa do ministro é de que sejam criados, este ano, de 2,3 a 2,4 milhões de empregos.
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