São Luís terá o primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e de Placenta do estado. A previsão é de que entre em funcionamento em 2012. Com a instalação, a capital maranhense impulsionará doações de células-tronco, transplantes de medula óssea, entre outras destinações em todo o país. A unidade terá um custo de R$ 4,5 milhões e capacidade para armazenar 3.500 bolsas do material coletado.
O banco integra a Rede Brasileira de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (Rede BrasilCord) e irá funcionar na sede do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Maranhão (Hemomar), no bairro Jordoa. "O banco funcionará onde hoje é o almoxarifado do Hemomar. Estamos fazendo ajustes para a unidade se adequar ao espaço", explicou Marcelo Arruda, diretor técnico do Hemomar e responsável pela instalação do banco.
Desde dezembro, o processo de instalação da unidade está em curso. Estão sendo feitas auditorias e domingo (28) mais uma licença de instalação foi dada. Desta, vez, o documento partiu da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Minerais (Sema). "Estamos na fase de conclusão de documento para começar, de fato, a instalação", ressaltou Marcelo Arruda.
O investimento para a implantação do banco será de aproximadamente R$ 4,5 milhões e a previsão é de que no início de 2012 esteja em fase de implantação física. Vão compor o corpo de profissionais da unidade técnicos de laboratório, médicos, enfermeiros, entre outros. Eles serão responsáveis por armazenar, congelar e manipular o material colhido.
As doações que o banco irá receber serão feitas por gestantes, que assinarão um termo de doação do cordão umbilical e da placenta após o parto. "Primeiro iremos trabalhar com as gestantes acompanhadas pelas maternidades Benedito Leite e Marly Sarney, depois a intenção é expandir para mais locais", afirmou Marcelo Arruda.
Segundo o diretor técnico do Hemomar, após a coleta as amostras serão levadas ao laboratório para serem analisadas. "O estado não irá desenvolver pesquisas a respeito. Irá montar o banco para ser contabilizado no nacional e facilitar materiais compatíveis para doações", ressaltou Marcelo Arruda. Ele disse ainda que em todo o país existem 24 bancos semelhantes ao que será implementado no Maranhão.
Conforme Marcelo Arruda, a chegada da unidade é um avanço para o estado. A ocasião irá facilitar doações de células-tronco, transplantes de medula óssea, entre outras destinações disponíveis para todo o Brasil. "O material que iremos coletar - cordão umbilical e placenta - é rico em células-troco, que servem para transplante, sobretudo, de medula óssea e para combater doenças como câncer e outras hematológicas", informou.
Com a inclusão de São Luís à rede, quem necessita de transplante e outras intervenções médicas terá mais uma opção para conseguir doador compatível. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), a chance de um brasileiro localizar doador em território nacional é 30 vezes maior que no exterior.
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O doador ideal só está disponível em cerca de 30% das famílias brasileiras - para 70% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo a partir dos registros de doadores e bancos públicos de sangue de cordão umbilical.
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