O FPM da década
Nos 10 primeiros anos deste século, a Prefeitura de São Luís foi contemplada, conforme as regras constitucionais, com repasses do Fundo de Participação de Municípios (FPM), que totalizaram exatos R$ 1.487.978.716,18. Isso mesmo: um bilhão, quatrocentos e oitenta e sete milhões, novecentos e setenta e oito mil, setecentos e dezesseis reais e dezoito centavos. Os administradores do Município – Jackson Lago (já falecido), Tadeu Palácio e João Castelo – poderiam avaliar que o montante é pequeno diante das necessidades, mas tal argumento não seria de todo, se não vejamos: 2001: R$ 75,8 milhões; 2002: 93,7 milhões; 2003: R$ 97,4 milhões; 2004: 107,4 milhões; 2005: R$ 138,1 milhões; 2006: R$ 151,7 milhões; 2007: 177 milhões; 2008: 218,8 milhões; 2009: R$ 204,1 milhões; e 2010: 223,5 milhões. Não se trata, de fato, de um total de somas fabulosas – até porque o critério básico para a repartição desse bolo fiscal pela União é o número de habitantes. São Luís, por ser uma cidade de grande porte, já recebe seu FPM reforçado por alguns benefícios previstos na legislação, como Fundo especial, por exemplo. Nesse contexto, a coluna fez algumas contas e chegou às seguintes conclusões: o total em FPM transferido para as contas da Prefeitura de São Luís representou média de R$ 148,7 milhões por ano e de R$ 12,3 milhões por mês. Por esses cálculos, na primeira década deste século, o FPM gerou receita de R$ 413,3 mil por dia. Grosso modo, e levando em conta a população anunciada sexta-feira pelo IBGE (1.014.837 habitantes), esses números significam que durante a década passada cada ludovicense recebeu investimento no valor de R$ 1.466,22. É isso aí.
Onde está o dinheiro? o gato comeu, o gato comeu e ninguém viu. O gato fugiu, o gato fugiu. O seu paradeiro está no estrangeiro. Onde está o dinheiro?
(Gal Costa sempre espetacular sabe o que diz)
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