Ronald Robson
São Luís foi a capital nordestina com o maior crescimento populacional nos últimos dez anos, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Embora numericamente tenha sido menor que outras cidades da região, o aumento percentual da capital maranhense foi o mais impressionante: 16,25%. Isso fez com que sua população saltasse de 878.309 habitantes para 1.014.837 e elevasse São Luís à capital nacional com o quarto maior crescimento em dez anos. Segundo especialistas, fator preponderante ao crescimento da cidade foram as promessas de grandes investimentos a longo prazo.
São Luís cresceu muito mais que o Maranhão como um todo. O ritmo de crescimento do estado na última década, na verdade, diminuiu. Se a taxa média de crescimento populacional do estado entre 1991 e 2000 foi de 1,54%, entre 2001 e 2010 a taxa sofreu ligeira queda para 1,52%. Embora o crescimento de São Luís tenha tido média um tanto mais baixa, de 1,46%, sua percentagem de crescimento se deu sobre população-base mais densa que a dos demais municípios. Além disso, sua taxa de crescimento foi a quarta maior entre as demais capitais do país no período, ficando atrás apenas de Manaus, Brasília e Goiânia. Tal dado revela a intensa concentração populacional por que passa a capital.
Segundo a geógrafa Julimar Márita Ribeiro Rodrigues, conselheira do Observatório Social de São Luís, grandes investimentos %u2013 hidrelétrica, termelétrica e refinaria, por exemplo %u2013 tiveram importância determinante no crescimento acelerado da capital, atraindo mão-de-obra de outros estados.
Fatores mais tradicionais, todavia, tiveram seu peso. %u201CEmbora a taxa de natalidade diminua no Brasil, em determinados casos, como o do Maranhão, ainda se vê aumento da natalidade, principalmente na população de renda mais baixa%u201D, afirma. A maior longenvidade também é fator relevante. %u201CA população mundial está envelhecendo e São Luís também segue essa tendência, que já é um padrão nos países ditos ricos%u201D, acrescenta a geógrafa.
O aumento da população traz novas demandas aponta para novas incongruências. Uma das mais curiosas é o fato de que, ainda que com tão intenso crescimento, São Luís concentre quase 14% do número total de imóveis abandonados existentes no Maranhão: 22.221 domicílios em potencial sem uso algum. O dado é tanto mais contraditório quando se nota que é crescente o número de domicílios ocupados por poucas pessoas: caiu de 10,1% para 5,44% o índice de residências maranhenses onde vivem mais de oito pessoas. Se a população da capital cresce e o número de residentes por domicílio diminui, é natural que, a longo prazo, o número de residências terá de sofre sensível incremento.
São Luís cresceu muito mais que o Maranhão como um todo. O ritmo de crescimento do estado na última década, na verdade, diminuiu. Se a taxa média de crescimento populacional do estado entre 1991 e 2000 foi de 1,54%, entre 2001 e 2010 a taxa sofreu ligeira queda para 1,52%. Embora o crescimento de São Luís tenha tido média um tanto mais baixa, de 1,46%, sua percentagem de crescimento se deu sobre população-base mais densa que a dos demais municípios. Além disso, sua taxa de crescimento foi a quarta maior entre as demais capitais do país no período, ficando atrás apenas de Manaus, Brasília e Goiânia. Tal dado revela a intensa concentração populacional por que passa a capital.
Segundo a geógrafa Julimar Márita Ribeiro Rodrigues, conselheira do Observatório Social de São Luís, grandes investimentos %u2013 hidrelétrica, termelétrica e refinaria, por exemplo %u2013 tiveram importância determinante no crescimento acelerado da capital, atraindo mão-de-obra de outros estados.
Fatores mais tradicionais, todavia, tiveram seu peso. %u201CEmbora a taxa de natalidade diminua no Brasil, em determinados casos, como o do Maranhão, ainda se vê aumento da natalidade, principalmente na população de renda mais baixa%u201D, afirma. A maior longenvidade também é fator relevante. %u201CA população mundial está envelhecendo e São Luís também segue essa tendência, que já é um padrão nos países ditos ricos%u201D, acrescenta a geógrafa.
O aumento da população traz novas demandas aponta para novas incongruências. Uma das mais curiosas é o fato de que, ainda que com tão intenso crescimento, São Luís concentre quase 14% do número total de imóveis abandonados existentes no Maranhão: 22.221 domicílios em potencial sem uso algum. O dado é tanto mais contraditório quando se nota que é crescente o número de domicílios ocupados por poucas pessoas: caiu de 10,1% para 5,44% o índice de residências maranhenses onde vivem mais de oito pessoas. Se a população da capital cresce e o número de residentes por domicílio diminui, é natural que, a longo prazo, o número de residências terá de sofre sensível incremento.
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