terça-feira, 17 de maio de 2011

Itaqui se transforma em rota internacional de cimento


Gigantes do ramo como a Votoratin e a Camargo Corrêa já utilizam o porto maranhense para suas importações



Operações de descarga comandandos pela COPI
As importações de cimento pelo Porto do Itaqui, que desde dezembro do ano passado somam 85 mil toneladas e têm boas perspectivas em contratos para os próximos anos, deverão refletir na crescente indústria da construção civil no Maranhão. Além da Votorantin, outro gigante do ramo, a Camargo Corrêa, iniciou neste final de semana o desembarque de 15 mil toneladas do produto oriundo de Portugal. A maior parte dessa matéria-prima, o insumo mais caro da indústria da construção, fica no mercado interno local para atender a demanda por novas obras.
Em dezembro do ano passado, a operadora portuária Transnordestina desembarcou 23 mil toneladas de cimento importado pela Votorantin da Turquia, a primeira na história do Itaqui. Outras 46 mil toneladas já foram movimentadas este ano e a previsão da empresa, segundo Zaqueu Abreu, analista comercial, é que um navio com cimento aporte no Itaqui todos os meses com a mesma quantidade do produto, o que deverá se repetir por um período estimado de cinco anos. Além do Itaqui, outra opção seria Fortaleza.
O coordenador de Operações da COPI, Ricardo Gambeta, informou que a empresa tem um contrato de três anos com a Camargo Corrêa para operar cimento e que a previsão este ano é de 60 mil toneladas. “Esse volume deverá chegar a 100 mil toneladas/ano, o que é um incremento fabuloso para o Maranhão, já que há demanda por obras e o estado não produz a quantidade de cimento de que necessita”, esclareceu. A COPI é a responsável pelo desembarque.
Até o ano passado, uma parte do Maranhão era abastecida com cimento produzido em Codó, no interior do estado, e transportado via rodoviária, e a outra no município de Sobral, no Ceará, transportada por ferrovia e rodovia. “Uma das vantagens para o estado e que deve refletir na indústria da construção civil é que grande parte do cimento fica armazenado no Porto do Itaqui e que com isso os distribuidores locais economizam em um trecho logístico e, conseqüentemente, no valor do frete do produto”, explicou Rafael Souza de Vasconcelos, assessor de Operações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).
A Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI), detentora do contrato com a Camargo Corrêa, está construindo em área arrendada no Itaqui um armazém com 8 mil m² para abrigar fertilizante e cimento. Este último apenas quando necessário, já que é desembarcado com uma embalagem plástica protetora que permite operar mesmo em condições climáticas adversas.


Lugar: PORTOSMA
Fonte: Comunicação Emap

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