Bruno Batista um é cantor e compositor brasileiro do estado do Maranhão. Em 2011, o artista lançou o disco Eu Não Sei Sofrer em Inglês, com onze faixas autorais, participações de Tulipa Ruiz, Zeca Baleiro, Rubi, Marcelo Jeneci, Gustavo Ruiz e produção de Guilherme Kastrup e Chico Salem. O disco foi lançado pela YB Music.
Referências
Ouça Bruno Batista com participaçao de Zeca Balero na música Acontecesse
Bruno Batista lançará segundo álbum
Diário do André
Bruno Batista, cantor e compositor maranhense, inseriu há algumas semanas seis faixas de seu segundo álbum, lançado em abril deste ano, em uma página no SoundCloud.
Com arranjos e batidas, que lembram o troar matracas, o samba, o baião somados a influências contemporâneas, o disco – de um dos melhores letristas entre os nascidos na terra do tambor-de-crioula – tem o título “Eu não sei sofrer em inglês”.
Sobre Anjos e Arraias. Uma das canções mais belas disponibilizadas pelo músico. Versos: Admito teu vermelho/ Mato os gatos da família/ Poupo os garfos e a mobília/ Convoco toda a quadrilha/ E revelo meu segredo. A música tem um dedilhado de violão e uma percussão leve com toque de caixa e vassourinha criando um ritmo meio regional com o acordeon. No poema, Bruno Batista explora as rimas, faz referências modernas ao cinema, ao cotidiano, à origem, compondo uma bela canção de amor.No texto do site, o auto diz que a idéia era tentar criar um disco de banda. Para isso, ele recrutou os músicos Gustavo Ruiz, Estevan Sinkovitz, Márcio Arantes e Marcelo Jeneci. As bases das faixas foram gravadas ao vivo em três sessões.
Em algumas músicas, Bruno Batista canta acompanhado por alguns nomes em ascensão na cena musical brasileira atualmente, como o conterrâneo Zeca Baleiro (em “Acontecesse”), Rubi (em “Vaidade”), Juliana Kehl (em “Para um amor em Paris”) e Tulipa Ruiz (em “Nossa Paz”).
Nossa Paz. Canção com participação de Tulipa Ruiz.
Eu não sei sofrer em inglês.Faixa que dá nome ao segundo disco de Bruno Batista.
Um músico de cara nova
Bruna Castelo Branco
Da equipe de O Estado
"Eu Não Sei Sofrer em Inglês" é o título do mais novo álbum do maranhense Bruno Batista, lançado com um intervalo de seis anos do primeiro trabalho, intitulado apenas "Bruno Batista", que tinha uma identidade musical muito marcada por instrumentos de cordas e piano.
Já o segundo álbum foi gravado ao vivo em três sessões por uma banda formada por Estevan Sincovitz e Gustavo Ruiz (guitarras), Chico Salem (violões), Márcio Arantes (baixo), Marcelo Jeneci (teclados e acordeon) e Guilherme Kastrup (bateria e percussões). A exceção é a faixa "Sobre anjos e arraias", gravada em estúdio, com Ricardo Prado (baixo e acordeon).
O CD traz ainda a participação do mestre Mário Manga (cellos) em "Lia, não vá". Com 11 faixas autorais, o trabalho tem produção de Guilherme Kastrup e Chico Salem. Foi lançado esta semana e terá os primeiros shows de divulgação em São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Luís, o álbum estará à venda na Livraria Poeme-se (Praia Grande), loja Play Som (Tropical Shopping) e Bar do Léo (Vinhais).
Morando há alguns anos em São Paulo, o artista pretende, a partir do segundo semestre, percorrer as principais capitais brasileiras, incluindo São Luís. Em entrevista a O Estado, o compositor falou sobre a produção do CD, shows e identidade musical.
O Estado - Do primeiro CD para o "Eu Não sei Sofrer em Inglês", além da diferença dos instrumentos musicais, gostaria que você fizesse uma relação mostrando as diferenças e semelhanças.
Bruno Batista - Acho que a diferença fundamental entre os dois discos é a sonoridade e o repertório. O primeiro recebeu arranjos de um músico erudito (o saudoso maestro Alberto Farah). Privilegiava cordas e piano, e contava com canções que ainda sofriam muita influência do que ouvia na adolescência, dos discos do meu pai. Já o "Eu Não Sei Sofrer em Inglês" foi todo pensado por dois produtores - Guilherme Kastrup e Chico Salem - e recebeu arranjos coletivos. Toda a banda participou. As canções, concebidas no hiato de gravação entre os dois discos, já apontam para uma nova direção.
O Estado - Existiu um hiato de seis anos da gravação de um CD para o outro. O que levou a um intervalo tão grande?
Bruno Batista - Esse intervalo deveu-se a, principalmente, duas questões: definir a minha própria personalidade artística e encontrar o produtor certo para o trabalho. Enquanto eu procurava ouvir o máximo que podia da nova produção brasileira - em busca de um produtor que se afinasse com minhas idéias -, ia compondo um repertório que se deixava contaminar por todas aquelas influências. E ainda tinha o aspecto financeiro, claro. A confecção de um disco é relativamente cara e levou um tempo até levantar a grana. Acabei bancando a gravação e procurei a YB Music, que assumiu a pós-produção e topou lançar o disco. É uma gravadora paulistana, que tem um casting maravilhoso - artistas como Nina Becker, Tulipa Ruiz, Lucas Santtana, Rômulo Fróes. Também não posso deixar de mencionar e agradecer à TVN, tão importante para a finalização do projeto.
O Estado - Neste trabalho, você tem participações especiais, entre elas, de Tulipa Ruiz, Zeca Baleiro e Rubi e, na banda, o Marcelo Jeneci, que agora lançou um trabalho solo. Gostaria que você comentasse sobre essas parcerias.
Bruno Batista - Essas parcerias, além da amizade que consolidei com o Guilherme Kastrup e o Chico Salem, foram as coisas mais gratificantes desse trabalho. O Zeca, apesar de ser um dos meus grandes mestres e um dos maiores responsáveis por eu me tornar compositor, só conheci no dia da gravação. O Guilherme, que já havia trabalhado com ele, fez a ponte. Foi um dia especialíssimo pra mim, ele foi de uma generosidade incrível. Fiquei ainda mais fã. O Rubi, por outro lado, é um dos timbres mais raros da nossa música, um artista completo, que nos emocionou cantando "Vaidade". Todos nós choramos no estúdio. Já a Tulipa é a grande estrela em ascensão no Brasil, ganhou todos os prêmios no ano passado e é de uma delicadeza comovente. A faixa que cantamos juntos, inclusive, deve ser a música de trabalho. O Jeneci, quando entrei em estúdio, ainda não tinha seu projeto solo, mas, certa manhã, sentado ao piano, tocou uma música que chamou tanto a minha atenção que me posicionei ao lado pra ouvir. Perguntei quem era o autor e ele respondeu que era uma parceria dele com o José Miguel Wisnik. Era a canção "Feita pra acabar", que dá nome ao seu disco e é uma das minhas preferidas.
O Estado - Lembro que da última vez que conversamos você falou que grande parte das canções foi composta a partir de 2005. Elas representam uma fase especial da sua trajetória musical? Além da música-título, queria que você destacasse e comentasse a história de algumas.
Bruno Batista - Quando lancei meu primeiro álbum, passei mais de um ano sem compor. Precisava me desapegar dele e buscar novas fontes. Lembro que, quando retornei ao violão, a primeira canção a sair foi "Para um amor em Paris", que, a meu ver, já diferia bastante do que eu fazia na época. Passei uma semana escrevendo a letra. E assim as músicas foram saindo naturalmente, algumas mais facilmente que outras. "Tarantino, meu amor", por exemplo, tive a idéia inicial dois anos antes de terminar a letra, que só concluída no dia da gravação. O mesmo aconteceu com "Eu não sei sofrer em inglês". As melodias costumam sair rápido, mas construir as letras, pelo menos pra mim, é bem trabalhoso.
O Estado - Você regravou do primeiro CD duas canções "Já me Basta" e "Acontecesse". Por quê?
Bruno Batista - Foram os produtores que decidiram incluir "Já me Basta" e "Acontecesse". Eu, confesso, fui até refratário à idéia em um primeiro momento, mas depois, ao ouvir o resultado, me deixei convencer. Gosto muito de como ambas soam no disco.
O Estado - Em relação à agenda de shows. Qual a possibilidade de apresentações em São Luís?
Bruno Batista - Meu primeiro disco não foi lançado em São Luís, e fui cobrado por isso por algumas pessoas. Queria muito começar o lançamento pela minha cidade, mas, por questões logísticas, não vai rolar. Mas estamos agilizando tudo para estar aí no segundo semestre, de preferência, com a banda completa.
O Estado - Para finalizar, por que o Bruno não sabe sofrer em inglês?
Bruno Batista - Na verdade, tem muito a ver com a minha herança musical que é, fundamentalmente, música brasileira. O que não quer dizer que eu não consuma música americana, inglesa ou de qualquer outra parte do mundo. Pelo contrário. É um título bem pessoal, que não pretende carregar nenhuma bandeira e diz respeito apenas aos meus questionamentos internos e à maneira de me posicionar perante a música.
Na web
O leitor interessado em conhecer o trabalho de Bruno Batista pela internet e ter uma prévia da sua produção pode acessar diversos sites em que o cantor e compositor mantém perfis. Pelo seu twitter e seu blog no Wordpress, pode-se acompanhar o dia-a-dia do músico, e em páginas como Melody Box e o SoundCloud é possível ouvir faixas que estão incluídas em seu mais recente álbum "Eu Não Sei Sofrer em Inglês".
SoundCloud
http://soundcloud.com/bruno-batista-1
Melody Box
http://www.melodybox.com.br/bruno_batista/
Twitter
http://twitter.com/batista_bruno
Facebook
http://facebook.com
Wordpress
http://batistabruno.wordpress.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário