quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vale desembarca locomotivas no berço 103 do Itaqui

Maquinários vão operar na Estrada de Ferro Carajás que está em fase de duplicação de produção

Operação de desembarque das locomotivas da Vale
Maquinários vão operar na Estrada de Ferro Carajás, que está em fase de duplicação; esta é mais uma etapa do processo de ampliação do setor logístico da Vale na região Norte, que inclui a construção de um novo píer com dois atracadouros em São Luís

Um carregamento de locomotivas da Estrada de Ferro Carajás (EFC), administrada pela Vale, foi desembarcado no berço 103 do Porto do Itaqui. O maquinário foi trazido no navio Industrial Fighter, de bandeira de Antíqua de Barbuda, que atracou no cais na noite da última quinta-feira (7). A Vale não divulgou mais detalhes da operação.
De acordo com informações do setor portuário, o navio tem peso bruto de 14,1 mil toneladas (t) e a carga desembarcada 1,3 mil/t. Cada locomotiva pesa, em média, 183 t, o que indica uma estimativa de sete maquinários descarregados. A última operação desse porte no Itaqui aconteceu  em julho de 2009, quando foram descarregadas do navio Industrial Darth 10 locomotivas da Vale com peso total de 1.834 t no berço 103 do Itaqui. Até aquela data, a frota da Vale era de 183 locomotivas e 10.727 vagões.

Ainda a respeito do desembarque ocorrido nesta semana, segundo dados do site Marine Traffic, o navio Industrial Fighter veio de Norfolk, no estado de Virgínia, costa leste dos EUA, com destino a São Luís (MA). A embarcação tem 154 m de comprimento, 24 m de largura e 7 m de calado (medida que vai da linha d’água até o fundo do navio).

Logística  – Os projetos de expansão da Vale no Maranhão foram iniciados em 2010 com o objetivo de ampliar a capacidade logística do Sistema Norte, formado pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) e o Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM). A necessidade de ampliar a estrutura ferroviária e portuária deve-se ao fato de que a produção de minério de ferro está em crescimento no Pará. Com a conclusão das obras, prevista para 2015, a Vale pretende transportar e embarcar 230 milhões de toneladas por ano (mtpa). Atualmente, a capacidade de embarque é de 130 mtpa.

No caso da EFC, trata-se de uma ferrovia com 892 quilômetros de extensão, ligando o Pará ao Maranhão. A estrada de ferro está em processo de duplicação, conforme anunciado pela Vale em 14 de junho do ano passado. A duplicação estava inicialmente prevista para 560 km dos 892 km da ferrovia, entre São Luís (MA) e Carajás (PA), mas deve atingir a meta de 604 km, o suficiente para interligar os 56 pátios de cruzamento ao longo de toda a ferrovia, criando uma segunda linha em toda a extensão.

Outro foco da logística, o Terminal Portuário Ponta da Madeira, também está em processo de expansão. As obras de construção do Píer IV foram iniciadas em março de 2010 com previsão para serem encerradas em 2013. Os berços norte e sul, que integram sua estrutura, vão permitir a atracação de navios de grande porte devido à profundidade de aproximadamente 25 metros. Também integram a estrutura: ponte de acesso ao píer (1.620 m), dois carregadores de navio, berço para rebocadores, subestações elétricas, entre outros. O píer terá capacidade para receber até 53 navios por mês com até 400 mil toneladas de porte bruto (TPB).

Mais

- 183 Toneladas é o peso médio de cada locomotiva
- 300 Vagões de carga, em média, formam uma composição ferroviária
- 3 Quilômetros é o comprimento de cada composição férrea
Lugar: PORTOSMA
Fonte: O Estado

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