Jock Dean
Da equipe de O Estado
A construção do Espigão Costeiro na Ponta d´Areia foi iniciada na manhã de ontem. Logo após o secretário estadual de Infraestrutura, Max Barros, assinar a ordem de serviço, os operários começaram a trabalhar na obra que conterá a erosão na orla de São Luís, que tem se agravado nos últimos anos por causa da força da maré. Segundo Max Barros, depois de concluído, o projeto trará, além de benefícios ao meio ambiente, melhorias na navegabilidade, turismo e lazer na capital. A obra deverá ser concluída em seis meses.
Desde 2009, principalmente bares e prédios localizados à beira da praia da Ponta d´Areia vivem sob a ameaça de desabamentos por causa da invasão das águas durante a preamar, que chegou a superar os 6,5m em alguns dias, sobretudo no início do ano.
De acordo com o estudo, financiado pela Vale e doado ao Governo do Estado, o acúmulo de areia acarretou a modificação da corrente marítima na área da Ponta d´Areia, aumentando a intensidade da erosão. A construção da barragem e Aterro do Bacanga modificou a velocidade de vazão dos rios Bacanga e Anil, influenciando no "transporte" de areia pela maré rios adentro, causando o assoreamento dessas áreas e deixando a Península da Ponta d´Areia sob o risco de ser ocupada pela maré.
Obra - As obras começaram a ser executadas com a colocação das pedras, que servirão como alicerce para a estrutura. Durante a construção do espigão, a faixa de praia será interditada, assim como o tráfego no trecho próximo ao Memorial Bandeira Tribuzi.
O coordenador-geral das obras, Aloísio Duailibe Pinheiro, explicou que o espigão funcionará como uma espécie de muro de contenção, impedindo que a maré siga em linha reta, desviando para o lado esquerdo, dando vazão ao seu fluxo. Nesse movimento, a areia do terreno não será desviada, impossibilitando o agravamento da erosão. "Os resultados da construção do molhe costeiro começarão a ser notados em um prazo médio de dois anos, pois o processo de reposição da faixa de praia é lento e os resultados serão observados principalmente na faixa lateral direita da costa", explicou.
Segundo Max Barros, o quebra-mar cumprirá diversas finalidades na região. "O assoreamento do canal de navegabilidade da área causa constantes encalhes na travessia da Baía de São Marcos. O Espigão Costeiro resolverá esse problema. Assim poderemos expandir o potencial navegável de nossa costa. A Lagoa da Jansen também será revitalizada, pois o fluxo de água, ao ser regularizado, promoverá a oxigenação da laguna", disse o secretário, referindo-se aos benefícios ambientais da obra.
Ele ressaltou ainda que esses dois pontos serão cruciais para o desenvolvimento social, do turismo e lazer na região. "A população que mora na península ganhará qualidade de vida. E o espigão promoverá a reposição da faixa de praia da Ponta d´Areia, atraindo turistas, e temos ainda um projeto de urbanização dessa região para que ela se torne mais uma opção de lazer para os ludovicenses", afirmou.
Dados do Espigão
Investimento: R$ 12.038.277,56
Prazo: 180 dias
Comprimento: 572m
Largura (início): 7m de crista
Largura (intermediária): 9,94m
Largura (final): 13,36m
Altura: 8m
Altura acima da preamar máxima: 1,4m
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