quinta-feira, 17 de março de 2011

Professores do Maranhão recebem 77% a mais do que os docentes de São Paulo

 

Professores do Maranhão recebem 77% a mais do que os docentes de São Paulo

Caso o governo do estado do Rio Grande do Sul queira equiparar os salários dos seus professores aos vencimentos já em vigor no estado do Maranhão, terá que dar de uma só vez um aumento de 378% aos seus docentes. E não é só em relação ao estado gaúcho que os professores daqui levam larga vantagem em termos de remuneração. O piso salarial de um professor iniciante com curso superior, no Maranhão, é 77% maior do que recebe o mesmo profissional em São Paulo, que é o estado mais rico do Brasil.
Todos os estados brasileiros tiveram divulgados os valores dos pisos que praticam com os professores. Levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, está na edição do último final de semana do jornal Brasil Econômico (www.brasileconomico.com.br), página 6 do primeiro caderno. O Maranhão paga R$ 1.631,00 para professor de 20 horas semanais e duas vezes isso para os que possuem duas matrículas, ou seja, duas jornadas que resultariam em 40 horas semanais.
Erro - O Brasil Econômico comete um erro quando diz em sua capa que o maior salário é o praticado no estado do Tocantins, de R$ 2.864,62. Só que em Tocantins o piso tem como referência 40 horas semanais, o dobro da carga horária no Maranhão. Aqui, o professor de 40 horas ganha duas vezes R$ 1.631,00, portanto R$ 3.262,00, 14% a mais que no outro estado.
A publicação do jornal paulista reforça que o piso salarial nacional da categoria em greve no Maranhão é de R$ 1.187,08 para uma jornada de 40 horas semanais. O governo do Maranhão paga a quem tem jornada de 40 horas semanais 175% a mais do que determina o piso nacional.
Se no Maranhão o salário é o melhor do Brasil, o mesmo não se pode dizer da qualidade do ensino. O IDEB/2009 coloca em primeiro lugar os alunos do Paraná, onde os professores são os 17º colocados na tabela das melhores remunerações, exatamente o inverso do que se verifica com os maranhenses, onde o salário é o mais alto do Brasil e o aproveitamento dos alunos de ensino médio é o 17º do país.
No Rio Grande do Sul, onde os professores estaduais ganham menos de 30% do que percebem os maranhenses, os alunos aparecem na quinta colocação no IDEB.

Governo nomeia e empossa mais 100 professores


O Governo do Estado dará posse hoje a mais 100 professores da rede estadual de ensino, aprovados no concurso público de 2009. O ato acontecerá às 13h, na sede da Superintendência de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), localizada no bairro Monte Castelo.
Após a assinatura do termo de posse, os professores serão lotados de acordo com disciplina e Unidade Regional de Educação, que optaram no ato de inscrição do concurso. Eles irão integrar o quadro efetivo de docentes da rede estadual de educação básica (ensino fundamental, ensino médio e educação especial).
No início do mês, a governadora Roseana assinou atos referentes à convocação de 606 professores e à nomeação de 35 excedentes do concurso público para professor realizado em 2009. Na próxima semana, ocorrerá a nomeação e posse de cerca de 400 docentes aprovados no mesmo certame.
A lista dos professores que tomarão posse hoje (17) está disponível no endereço eletrônico do Diário Oficial: (http://www.diariooficial.ma.gov.br/index.php). Basta acessar a edição de 4 de março de 2011, na página 03.
Valorização - Ontem, em entrevista à Rádio Timbira, a secretária de Educação, Olga Simão, disse que governo do Maranhão está comprometido com a valorização dos professores da rede estadual de ensino. Ela avaliou a remuneração paga aos docentes com nível superior no estado, cujo valor ultrapassa o piso nacional.
"Pagando o melhor salário entre os estados que praticam 20 horas semanais, e ultrapassando o piso nacional, o Estado continua investindo na valorização do docente como forma de ofertar uma educação de qualidade", apontou.
Olga Simão acrescentou que, este ano, o calendário letivo foi iniciado em fevereiro para terminar no mesmo ano e garantir que os alunos da rede estadual concorram de igual modo com os da rede particular em avaliações de âmbito nacional tais como Enem e Prova Brasil.
A secretária destacou ainda ações como o concurso público realizado em 2009, para provimento de mais 5 mil vagas na educação básica; a convocação de mais de 4 mil docentes, com um total de 1.100, este ano, e sua prorrogação até fevereiro de 2012.

2 comentários:

André Luiz disse...

A questão não é quem ganha mais ou quem ganha menos, e sim que todos os professores estão ganhando pouco, dada a importância dessa atividade para o desenvolvimento do Brasil. Professor não pode ganhar menos do que motorista de ônibus.

Anônimo disse...

Filhos da mãe!!!