O Maranhão ainda representa um percentual pequeno, se comparado a outros estados, quando se trata de participação nas exportações brasileiras. No entanto, as exportações locais vêm crescendo em percentuais acima da média nacional e do Nordeste, chegando a registrar um aumento de 133,92% de janeiro a setembro deste ano, se comparado ao mesmo período de 2009, de acordo com dados recentes do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Segundo informações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), com o início das operações em contêineres e armazenamento de grãos em grande escala no Porto do Itaqui, a expectativa é de que nos próximos anos haja um incremento e diversificação da pauta exportadora local.
Pelo Complexo Portuário de São Luís (CPSL), que inclui o Porto do Itaqui e os Terminais Marítimos da Alumar e de Ponta da Madeira, da Vale, foram exportados mais de US$ 2,2 bilhões (dados do MDIC), especialmente de minério de ferro (54,12% da pauta exportadora), grãos de soja mesmo triturados (13,71%), alumina (12,09%), ferro fundido bruto (7,48%) e ligas de alumínio em forma bruta (2,49%). No mesmo período de 2009, foram US$ 970 milhões.
Os principais países de destino dos produtos exportados pelo Maranhão são China, Japão, Estados Unidos, Espanha e Itália, nesta ordem. As principais empresas exportadoras são Vale (54, 12%), Alcoa Alumina (9,14%), Bunge Alimentos (6,46%), Alcoa World Alumina (6,21%) e BHP Billiton Metais S.A. (5,25%). Na lista das 10 maiores exportadoras estão ainda Viena, Ceagro, Gusa Nordeste, ABC Inco e Cargill.
Novidade - Com o início das exportações de ferro níquel (componente usado em aços especiais) em contêiner a partir de 2011, um novo item da pauta portuária de São Luís, com previsão de 160 mil toneladas no primeiro ano, a expectativa é de que o Porto do Itaqui abra as portas para uma nova vocação do estado: a movimentação de carga em contêineres e a possibilidade de diversificação da pauta exportadora maranhense, já que isso ajudará na internacionalização de empresas locais com a exportação de produtos regionais.
Além disso, nos sete anos que se seguirem à implantação da primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), as exportações de soja devem saltar dos aproximados dois milhões de toneladas atuais para sete milhões t/ano. A entrada em operação da primeira fase do Tegram, de um total de três, está prevista para 2012.
Retrospecto - Em 2009, as vendas locais para outros países foram reduzidas em 56,53% em relação a 2008. Este ano, até setembro, o crescimento das exportações foi de 133,92%. No Nordeste, região que obteve o melhor desempenho no período, as exportações cresceram 40,56%, passando de US$ 8,235 bilhões para 11,576 bilhões de dólares.
Exceto por 2009, as exportações maranhenses tiveram expansão nos últimos anos. As exportações cresceram à taxa de 23,2% ao ano no período de 2004 a 2008, de acordo com o estudo "Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão", um trabalho realizado pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC).
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