As novas instalações do Hospital Materno Infantil, que atende toda a Região Tocantina, são fruto da parceria entre Ministério da Saúde, que adquiriu os equipamentos, e o Governo do Maranhão, que investiu R$ 1,8 milhão na reforma do prédio.
IMPERATRIZ—O secretário de Estado da Saúde, José Marcio Leite, fez ontem a entrega oficial de 22 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e quatro de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) neonatal para o Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz (HRMI). Com isso, a capacidade de atendimento na única maternidade pública da Região Tocantina foi duplicada. Outros seis leitos entrarão em funcionamento em um período dentro de uma semana.
As novas unidades de atendimento a neonatos são o resultado da parceria entre o Governo do Estado, que investiu cerca de R$ 2 milhões na construção do prédio e treinamento de equipe multidisciplinar, e o Governo Federal, que doou os equipamentos. Na lista dos disponíveis a partir de agora no HRMI está o Baby Parto, uma modalidade de respirador de última geração que ainda não está disponível nem mesmo na rede pública de saúde de São Luís. Cada leito de UTI custará ao Estado R$ 1 mil por dia, o que significará um gasto mensal de R$ 660 mil.
“Esse investimento é bastante vultoso, em termos econômicos, mas também bastante confortável porque agora temos com conforto e com tranqüilidade um número adequado de leitos pra atender a demanda de neonatos de Imperatriz e região e uma alta qualidade de equipamentos e alta qualidade da equipe multiprofissional”, ressaltou o diretor do hospital, Clidenor Pláscido.
O secretário de Estado da Saúde reconheceu que a demanda por atendimento neonatal é alta, mas ressaltou que o Governo do Estado sempre esteve preocupado e agiu prontamente para melhorar o atendimento em saúde de Imperatriz. “Nós sabemos que Imperatriz não atende a demanda só da cidade de Imperatriz, é na verdade toda a região tocantina, um pouco mais de 1 milhão de habitantes, e a governadora determinou uma ação imediata para se resolver o problema em leito de UTIs do Estado e agora fica resolvido o problema de UTI neonato por parte de lactura ou baixo risco”, pontuou.
Atenção primária - O secretário disse que o próximo passo agora será a intensificação do trabalho voltado a atenção primária, como o incentivo para que as gestantes façam as sete consultas previstas no período do pré-natal visando diminuir o número de partos prematuros que ainda é considerado alto na região.
Márcio Leite se disse pessoalmente satisfeito com o trabalho que vem sendo feito pelo Governo em sua pasta que já possibilitou a inauguração de mais de 60 leitos de UTIs desde que assumiu a pasta, em 2 de julho deste ano. Ele também ressaltou que o Governo do Estado tem ainda outros planos de investimentos na área da saúde em Imperatriz, como a construção de um hospital de alta complexidade com 150 leitos e a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que deverá ocorrer no início do ano que vem pela governadora Roseana Sarney.
O prefeito Sebastião Madeira disse durante a solenidade de entrega das UTIs e UCI que a parceria entre os poderes públicos resultou em um benefício muito importante para a população imperatrizense. Ele aproveitou para anunciar que durante a crise ocorrida no início do ano, que resultou na morte de cerca de 17 crianças na fila de espera por UTIs, ficou definido que o Governo do Estado, por meio do Hospital Regional Materno Infantil, continuaria com o atendimento a pacientes neonatais enquanto o município disponibilizaria UTIs Infantil (de 30 dias até 12 anos) e adulto.
Estrutura
95 profissionais estão envolvidos na operação dos novos leitos de UTI neonatal no Materno Infantil de Imperatriz, considerada a mais moderna do Maranhão. São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais e auxiliares de limpeza. A casa de saúde também ganhou outras melhorias importantes, como a disponibilização de um alojamento para as mães dos recém - nascidos, que agora tem um local adequado para ficarem, enquanto aguardam o atendimento dos seus filhos internados na UTI.
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