sábado, 15 de maio de 2010

Municípios do Maranhão estão modernizando seus sistemas de saúde e ameaça Polo de Saúde de Teresina

Robert Pedrosa
Jornal O Dia

Polo de Saúde de Teresina está ameaçado

Uma das principais referências de Teresina no setor econômico, o Polo de Saúde da capital está ameaçado pelo avanço da medicina nas cidades do Maranhão, estado de
onde saem 40% dos pacientes que buscam atendimento na capital piauiense e contribuíram, ao longo dos últimos 20 anos, pelo já conhecido turismo de saúde de Teresina.

Cidades como Imperatriz, Caxias e Timon estão investindo, nos últimos anos, na melhoria de unidades de saúde de média e alta complexidade, setor que atrai bastante pacientes para a capital do Piauí e tem sido o responsável pelo crescimento de clínicas e hospitais de Teresina. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Timon, as reformas em hospitais do município até o final do ano vão consolidar o atendimento de referência em mais de 40 cidades do Maranhão, alcançando uma população de 400 mil pessoas.

O presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas Particulares de Teresina, Antônio Dib Tajra, explica que somente os pacientes de Teresina e do interior do Piauí não são suficientes para manter o Polo de Saúde em funcionamento.

“A população da capital é de 800 mil pessoas, mas temos influência em mais de 5 milhões de habitantes e, sem esses pacientes, o sistema não se sustenta”, afirma o médico.

A vizinha cidade de Timon é que mais tem investido no setor de alta complexidade.

Há 15 dias, a Prefeitura inaugurou a reforma e ampliação da Policlínica, com realização de procedimentos de tomografia, ultrassom 3D, eletroencefalograma, ecocardiograma
e eletrocardiograma e densitometria óssea, que até bem pouco só eram realizados em Teresina. Foram investidos quase R$ 2 milhões, sendo R$ 300 mil em estrutura física e R$ 1,5 milhão em equipamentos.

O secretário de Saúde de Timon, Raimundo Neiva Neto, explica que a reforma da Policlínica vai evitar o deslocamento do timonense para Teresina ou outra cidade.

“Queremos tirar o sofrimento do paciente que antes tinha que se deslocar para Teresina, São Luís ou Caxias para realizar estes tipos de exames”, afirma. Com os novos exames, o atendimento do hospital, que hoje é de 8 mil pacientes por mês, deverá triplicar.

A cidade também está investindo, junto com o Governo do Estado do Maranhão, na ampliação do Hospital do Parque Alvorada e do Alarico Pacheco. Este último terá um centro de oncologia e UTI Neo-Natal. Além de ampliação da rede pública, as clínicas particulares do Maranhão também estão investimento mais em equipamentos sofisticados.

Fonte: Jornal O Dia de Teresina edição 15/05/2010
http://www.sistemaodia.com/jornal/cadernos/dia_896560865583862ce117b120a7d85420.pdf

Também na edição on line
http://www.sistemaodia.com/noticias/polo-de-saude-de-teresina-esta-ameacado-pelo-maranhao-77478.html
Treze estados investem menos que o mínimo em saúde

BRASÍLIA - Balanço feito pelo Ministério da Saúde acerca dos investimentos estaduais no setor aponta que 13 estados aplicaram em 2008 valores mais baixos que os determinados pela Constituição. Juntos, os governos deixaram de aplicar R$ 3,1 bilhões em hospitais, remédios, exames, cirurgias e equipamentos médicos. A Constituição obriga os estados a investirem no mínimo 12% de sua arrecadação própria em ações de saúde pública. Os governos estaduais negam irregularidades. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o ministério, o Rio Grande do Sul foi o estado que ficou mais longe da meta (aplicou 4,37% de sua arrecadação na saúde). Completam a lista Minas Gerais, Piauí, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás. Em comparação, o estado que mais investiu em saúde em 2008, Amazonas, aplicou 21,39% de sua arrecadação. Apesar do desrespeito à lei, os governadores não são punidos porque se valem da falta de regulamentação da emenda constitucional 29, que desde o ano 2000 determina os 12% para a saúde.

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