Maranhão teve o 5º maior crescimento do comércio varejista no mês de março no país e o maior crescimento no Nordeste.

Vendas do comércio crescem 21,9% no MA

O comércio varejista maranhense está em franco aquecimento, de acordo com números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o setor registrou o quinto maior crescimento em vendas no país, com a taxa de 21,9%, em comparação ao mesmo período de 2009, aumentando ainda mais a expectativa de bom faturamento no decorrer do ano.

Conforme dados do IBGE, relativos à Pesquisa Mensal do Comércio, as vendas do varejo maranhense em março só foram menores que o dos estados de Tocantins (48,9%), Rondônia (31,7%), Acre (31,5%) e Mato Grosso (23,5%).

Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Maranhão (FCDL), Alberto Nogueira da Cruz, esse resultado mostra que o comércio mantém sua curvatura de crescimento desde o início do ano e o potencial consumidor do estado. “No acumulado do primeiro trimestre de 2010, registramos um crescimento de 13,7% no volume de vendas”, ressaltou Nogueira.

O resultado também foi significante na receita nominal de vendas, com uma variação de 27,9%. No ano, o acumulado chega a 20,4%, de acordo com o IBGE.

Um ‘termômetro’ que pode medir o aquecimento das vendas no comércio maranhense é a procura dos lojistas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Em abril, o número de consultas ao SPC cresceu 4,91% em comparação ao igual período de 2009. “No primeiro quadrimestre, as consultas ao SPC cresceram 12,57%”, constatou Nogueira da Cruz.

No Brasil, o volume de vendas do setor registrou alta de 15,7% e a receita nominal de 19,1% em março deste ano em relação a igual período de 2009. Nos acumulados do 1º trimestre e dos últimos 12 meses, foram verificados avanços de 12,8% e 8%, respectivamente, no volume de vendas.

Inadimplência - Outro dado favorável ao setor em todo o Brasil é apontado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC e diz respeito à queda de 7,87% na inadimplência em abril em comparação a março. Na comparação com abril de 2009, recuo foi de 3,93%.

Nos quatro primeiros meses do ano, o indicador acumula queda de 3,18%. "A tendência de expansão cada vez mais robusta do consumo interno influenciado pelo aumento do nível de rendimento real e a queda do desemprego influenciou o resultado", afirmou a CDNL, em nota.

Segundo Alberto Nogueira da Cruz, a queda na inadimplência pode ser traduzida pelo número de consumidores que entram e que saem do cadastro restritivo do SPC. Enquanto em abril deste ano cresceu em 16,11% as inclusões de pessoas no SPC por não pagamento de dívidas realizadas no comércio, houve um aumento de 96,7% no total de inadimplentes que conseguiram sair do cadastro restritivo e voltou ao mercado de crédito.

Somente para se ter uma idéia da representatividade desses números, enquanto 35.858 inadimplentes conseguiram se regularizar perante o SPC em abril de 2009, no mesmo mês de 2010 um total de 70.541 pessoas foi excluída do sistema.

“As vendas em crescimento e a queda da inadimplência são indicadores de que a economia está aquecida e que as pessoas estão consumindo, o que é muito bom para o comércio”, finalizou Alberto Nogueira da Cruz, ao prever, diante desse cenário favorável, um incremento de 15% nas vendas do Dia dos Namorados, em junho.

Todas as 27 Unidades da Federação apresentaram resultados positivos na comparação com março de 2009, com destaque para Tocantins (48,9%); Rondônia (31,7%); Acre (31,5%); Mato Grosso (23,5%); Maranhão (21,9%) e Piauí (20,7%). Na composição da taxa global do comércio, sobressaíram São Paulo (16,2%); Rio de Janeiro (12,3%); Minas Gerais (14,0%); Paraná (16,7%); Rio Grande do Sul (13,3%) e Bahia (19,0%). Quanto ao varejo ampliado, as maiores altas no volume de vendas ocorreram em Tocantins (43,6%); Espírito Santo (38,6%); Rondônia (38,1%); Ceará (33,1%) e Mato Grosso do Sul (29,7%). Na composição do setor, destaques para São Paulo (22,1%); Minas Gerais (21,9%); Rio de Janeiro (17,1%); Paraná (21,5%); Bahia (24,7%) e Santa Catarina (17,6%).


http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/pmc_201003_01.shtm