domingo, 11 de abril de 2010

Segundo Dnit, ferrovia será deslocada com duplicação de BR


Incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, lançado mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a duplicação da BR 135, no trecho compreendido entre o povoado de Estiva, em São Luís, e Bacabeira, vai forçar o remanejamento de 18 quilômetros da Ferrovia São Luís – Teresina. A informação é do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Gerardo Fernandes, que espera obter ainda este mês a pré-licença ambiental, a fim de serem convocadas, para maio, as audiências públicas, já que os custam ultrapassam a casa dos R$ 150 milhões, limite mínimo para esta dispensa.

De acordo com Gerardo Fernandes, o deslocamento da estrada de ferro foi a opção melhor indicada pelos estudos realizados para definir o projeto da duplicação, já que seria mais oneroso mexer na tubulação do Italuís ou então fazer uma segunda pista entre duas ferrovias (a segunda é a Carajás).

O orçamento para esta duplicação é de R$ 300 milhões, sendo que R$ 100 milhões serão gastos só com o deslocamento dos trilhos e a construção do leite de sustentação no trecho que corta o Campo de Perizes, medindo 18 quilômetros, entre Estiva e Perizes de Baixo. Pelas estimativas do diretor do Dnit, provavelmente em maio será possível licitar a obra, devendo as vencedoras serem conhecidas no segundo semestre, ou seja, pelos cálculos do órgão provavelmente ainda 2011 a rodovia estará duplicada entre a capital e a cidade que sediará a refinaria de petróleo da Petrobras.


O trecho entre Bacabeira e Miranda do Norte, na bifurcação com a BR 222, como não está no PAC, vai depender de outros procedimentos de contratação. Gerardo Fernandes lembra que 22 quilômetros da estrada já estão duplicados, do marco zero (na rotatória do aeroporto) a Estiva e o trecho a ser duplicado mede 29 quilômetros.

Segurança - A construção de uma nova pista na BR 135, conforme interpretação do diretor do Dnit, é fundamental para viabilizar o projeto da Petrobras, pois os cálculos mais pessimistas indicam que somente ônibus serão mais de 1.200 por dia, somente com transporte de empregados da refinaria e das empresas terceirizadas, isto é, não haveria a menor possibilidade de suportar esse trânsito com apenas uma pista com mão e contra-mão, até porque, ainda sem refinaria, nela os engarrafamentos são constantes. Somam-se a estes, caminhões, automóveis, viaturas de polícia, ambulância etc

Gerardo Fernandes disse também que no entorno de Bacabeira o movimento de veículos deve se acentuar de forma considerável, já que muitos trabalhadores vão optar por residirem em Santa Rita, Rosário e outras cidades do Munim, já que nelas podem encontrar mais tranqüilidade para viver.

Um outro trecho de rodovia que foi incluído no PAC 2 liga o Porto do Itaqui ao eixo central da BR 135, em Pedrinhas, dando uma opção mais rápida e segura para quem desejar entrar em São Luís por esse via.

Canteiros - Além da duplicação da BR 135 entre Estiva e Bacabeira, o Dnit vai desenvolver também o Projeto Trema, que visa ao fechamento de retornos irregulares e melhoria dos regulares na área próxima ao Distrito Industrial. Um dos pontos mais críticos é o que dá acesso ao Módulo A do DI, já que tem aumentado consideravelmente o número de empresas que estão se instalado na área.

Gerardo Fernandes diz que o controle deste trecho está ficando cada vez mais difícil, o que exige uma maior participação da Polícia Rodoviária Federal. Segundo ele, os comerciantes da área não respeitam o traçado e ficam abrindo constantemente abertura, a fim de facilitar o acesso de clientes a seus estabelecimentos, sendo que os mais recorrentes são os postos de combustíveis. Ele espera que, com o Projeto Trema, haja uma solução.


Não bastassem as teimosias dos donos de empresas, a grande quantidade de bairros residenciais, a maioria surgido por invasões, torna a estrada perigosa, já que é acentuado o movimento de pedestres fazendo travessia em lugares impróprios.

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