Incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, lançado mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a duplicação da BR 135, no trecho compreendido entre o povoado de Estiva, em São Luís, e Bacabeira, vai forçar o remanejamento de 18 quilômetros da Ferrovia São Luís – Teresina. A informação é do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Gerardo Fernandes, que espera obter ainda este mês a pré-licença ambiental, a fim de serem convocadas, para maio, as audiências públicas, já que os custam ultrapassam a casa dos R$ 150 milhões, limite mínimo para esta dispensa.
De acordo com Gerardo Fernandes, o deslocamento da estrada de ferro foi a opção melhor indicada pelos estudos realizados para definir o projeto da duplicação, já que seria mais oneroso mexer na tubulação do Italuís ou então fazer uma segunda pista entre duas ferrovias (a segunda é a Carajás).
O orçamento para esta duplicação é de R$ 300 milhões, sendo que R$ 100 milhões serão gastos só com o deslocamento dos trilhos e a construção do leite de sustentação no trecho que corta o Campo de Perizes, medindo 18 quilômetros, entre Estiva e Perizes de Baixo. Pelas estimativas do diretor do Dnit, provavelmente em maio será possível licitar a obra, devendo as vencedoras serem conhecidas no segundo semestre, ou seja, pelos cálculos do órgão provavelmente ainda 2011 a rodovia estará duplicada entre a capital e a cidade que sediará a refinaria de petróleo da Petrobras.
O trecho entre Bacabeira e Miranda do Norte, na bifurcação com a BR 222, como não está no PAC, vai depender de outros procedimentos de contratação. Gerardo Fernandes lembra que 22 quilômetros da estrada já estão duplicados, do marco zero (na rotatória do aeroporto) a Estiva e o trecho a ser duplicado mede 29 quilômetros.
Segurança - A construção de uma nova pista na BR 135, conforme interpretação do diretor do Dnit, é fundamental para viabilizar o projeto da Petrobras, pois os cálculos mais pessimistas indicam que somente ônibus serão mais de 1.200 por dia, somente com transporte de empregados da refinaria e das empresas terceirizadas, isto é, não haveria a menor possibilidade de suportar esse trânsito com apenas uma pista com mão e contra-mão, até porque, ainda sem refinaria, nela os engarrafamentos são constantes. Somam-se a estes, caminhões, automóveis, viaturas de polícia, ambulância etc
Gerardo Fernandes disse também que no entorno de Bacabeira o movimento de veículos deve se acentuar de forma considerável, já que muitos trabalhadores vão optar por residirem em Santa Rita, Rosário e outras cidades do Munim, já que nelas podem encontrar mais tranqüilidade para viver.
Um outro trecho de rodovia que foi incluído no PAC 2 liga o Porto do Itaqui ao eixo central da BR 135, em Pedrinhas, dando uma opção mais rápida e segura para quem desejar entrar em São Luís por esse via.
Canteiros - Além da duplicação da BR 135 entre Estiva e Bacabeira, o Dnit vai desenvolver também o Projeto Trema, que visa ao fechamento de retornos irregulares e melhoria dos regulares na área próxima ao Distrito Industrial. Um dos pontos mais críticos é o que dá acesso ao Módulo A do DI, já que tem aumentado consideravelmente o número de empresas que estão se instalado na área.
Gerardo Fernandes diz que o controle deste trecho está ficando cada vez mais difícil, o que exige uma maior participação da Polícia Rodoviária Federal. Segundo ele, os comerciantes da área não respeitam o traçado e ficam abrindo constantemente abertura, a fim de facilitar o acesso de clientes a seus estabelecimentos, sendo que os mais recorrentes são os postos de combustíveis. Ele espera que, com o Projeto Trema, haja uma solução.
Não bastassem as teimosias dos donos de empresas, a grande quantidade de bairros residenciais, a maioria surgido por invasões, torna a estrada perigosa, já que é acentuado o movimento de pedestres fazendo travessia em lugares impróprios.
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