Desde sua instalação no Maranhão há 29 anos, pela primeira vez o Consórcio Alumar encontra um comprador de expressão para verticalizar o consumo do seu alumínio. Num projeto orçado em R$ 80 milhões, a Bracopper CBC Brasileira e Condutores, sediada no interior paulista, planeja implantar no Distrito Industrial de São Luís uma fábrica de fios e cabos elétricos, bem como vergalhões, tendo como matéria prima o alumínio líquido, estando previsto o início de suas operações em 2011.
A autorização para instalação da indústria foi dada semana passada pela governadora Roseana Sarney, quando o seu diretor-administrativo, Carlos Eduardo de Laurentiz, participou do Fórum Empresarial 2009, oportunidade em que o empresário Franklin Feder, presidente para América Latina e Caribe da Alcoa, principal sócia da Alumar, anunciou que sua produção de alumínio no Estado poderia ser duplicada desde que recebesse energia elétrica a tarifas praticadas em outros países.
De posse da autorização, a direção da empresa já está providenciando sua instalação no Módulo 1 do Distrito Industrial. O início das obras da fábrica deve envolver cerca de duzentas pessoas e as estimativas é de que sejam criados, a partir da sua entrada em funcionamento, duzentos empregos diretos. O alumínio deverá ser transportado em caminhões.
Produção - A Brascopper vem negociando sua instalação no Maranhão desde 2008, tendo inclusive recebido sinal verde de uma área no DI, porém somente em maio deste ano o secretário de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, conseguiu desembaraçar a compra do terreno, tendo ela agora recebido a autorização para se instalar.
De acordo com as previsões do Carlos de Laurentiz, a empresa deverá produzir cerca de 30 mil toneladas por ano. A escolha de São Luís se deve à posição estratégica, já que a Brascopper tenciona mandar boa parte de sua produção para os países da América do Sul e o porto do Itaqui é o que apresenta mais facilidades de transporte. Outra vantagem é a proximidade da maior indústria de alumínio existente no Brasil e o interesse que ela tem de internalizar sua produção.
Para o secretário de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, que já foi diretor do Consórcio Alumar, a chegada deste projeto atende a um grande anseio dos maranhenses, pois quase toda a produção da Alumar é destinada para fora do Estado e a partir de agora ela tem a chance de comercializar internamente o seu alumínio.
Em outras palavras, Maurício Macedo quis dizer que o Maranhão deixará de ser fornecedor de matéria prima para receber produtos acabados para ser também fornecedor de material industrializado. Os fios e cabeços elétricos são os principais produtos fabricados a partir do alumínio.
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