Da equipe de O Estado
O Governo do Estado publicou decreto de desapropriação total do terreno destinado ao setor de tancagem da Refinaria Premium da Petrobrás, que será o maior projeto em construção na América Latina e terá capacidade de processar 600 mil barris de petróleo por dia.
O terreno ficará no módulo F, na região norte do Distrito Industrial de São Luís, nas proximidades do Porto do Itaqui. E, pelo decreto nº 25.805, de 21 de outubro, publicado sexta-feira passada, a área destinada à tancagem da refinaria terá um perímetro de 6.811,81 metros e uma área total de 310,133 hectares.
Essa é a segunda desapropriação de terreno feita pelo Governo do Estado em favor da Petrobras para a construção da refinaria. A primeira foi a da área de construção do empreendimento em Bacabeira, que aconteceu em maio deste ano. Além disso, em 14 de outubro último, a governadora Roseana Sarney (PMDB) assinou, durante o Painel Empresarial, o termo de instalação da refinaria.
Além da desapropriação do terreno de área de tancagem, a Petrobras também vive a expectativa de receber em novembro a Licença Prévia da Refinaria, visto em que agosto foram entregues os estudos e os relatórios de Impacto Ambiental relativos ao projeto (Eia/Rima). Ainda no próximo mês, a tendência é que o muro de demarcação do terreno seja construído e que o processo de supressão vegetal e de terraplanagem da área de sejam iniciados.
Em dezembro, a Petrobras espera receber a Licença de Instalação para iniciar as obras civis em janeiro. Já as licenças relacionadas ao porto que a Petrobras pretende construir para atender à refinaria, devem ser expedidas em janeiro do ano que vem. “Até o momento, todo o cronograma segue sem problemas”, afirmou o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, durante o Painel Empresarial promovido pelo Governo do Estado.
Conforme informações da Petrobras, a Refinaria de Bacabeira irá processar o petróleo que virá dos poços da Bacia de Campos, na região do Pré-Sal e também dos poços de Santos e de Tupi, em regiões de águas profundas. E, pelo projeto, 50% da produção da refinaria de Bacabeira será de óleo diesel de altíssima qualidade. O restante da produção será de nafta, de querosene de avião e de GLP.
A intenção da Petrobras é que os produtos da refinaria sejam enviados para os mercados norte-americanos e europeus. “Ela tem uma vantagem operacional fantástica porque tem uma proximidade com esses mercados”, declarou Sérgio Gabrielli.
A capacidade de refino de petróleo no Brasil é de 2 milhões de barris de petróleo por dia. E, até 2020, a Petrobras pretende expandir essa capacidade para 3,2 milhões de barris de petróleo.
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Pelos dados da Petrobras, a refinaria de Bacabeira processará petróleo tanto ultraleves, da casa dos 15° a 18° API, ou os menos puros, na casa dos 28° a 30° API (quanto maior o grau, menor a pureza do petróleo).
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