Sete empresas encontram-se, atualmente, realizando prospecção de petróleo e gás natural no Maranhão. Entre elas Vale, Petrobras e Devon
Energy Corporation, empresa americana detentora do bloco de exploração na região de Barreirinhas, juntamente com a Petrobras. As informações foram dadas ontem pelo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, em visita de cortesia à governadora Roseana Sarney. A afirmação aponta uma perspectiva positiva de exploração da atividade petrolífera no estado.
O diretor-geral revelou ainda a existência de três processos licitatórios – dois para perfuração de um poço estratigráfico (perfurado para fins de estudo) na Bacia de São Luís e outro na Bacia do Parnaíba e um para realização do reprocessamento sísmico na Bacia de São Luís. “Temos boas expectativas em relação às duas bacias. Além dos estudos realizados pela ANP, existem sete empresas furando poços para ver se há comercialidade”, afirmou Haroldo Lima.
Ele explicou ainda que a idéia da perfuração dos dois poços em processo licitatório surgiu a partir dos estudos realizados pela instituição em 2007 e 2008. “Fizemos três estudos nas bacias. Aerogravimétrico e aeromagnetométrico, em São Luís, e o geoquímico sísmico em Parnaíba. Foram R$ 5 milhões só nesses estudos”, relatou, comunicando também que já se encontra em andamento o levantamento geoquímico na Bacia de Parnaíba, trabalho orçado em R$ 3,1 milhões.
Os estudos realizados em 2007 e 2008 e os que serão realizados a partir dos poços, que ainda encontram-se em licitação, servem, segundo o diretor-geral, para descobrir se há petróleo e gás natural no subsolo maranhense. “A partir da identificação dessa existência, a agência faz um leilão para as empresas que produzem o petróleo interessadas”, explicou.
Haroldo Lima aproveitou a oportunidade para falar do processo de instalação da refinaria Premium, orçada em R$ 20 bilhões e que gerará cerca de 130 mil empregos. “A refinaria vai sair. Essa já foi uma decisão do presidente Lula. Estamos esperando o Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), que será feito pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) previsto para o início de agosto”, observou.
Mudanças - Em entrevista a O Estado, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, falou sobre proposta para o novo marco regulatório do pré-sal - uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). De acordo com o diretor, os estudos com o texto final com as sugestões para o novo marco regulatório do petróleo no Brasil deverão ser entregues ainda no início deste mês ao presidente Lula.
“Será bem diferente do modelo atual. A renda da produção de petróleo, que atualmente fica com o estado e municípios onde é feita a exploração, será distribuído para todo o Brasil. A renda, dessa forma, será encaminhada para satisfazer as necessidades do povo”, ressaltou Haroldo Lima. Conforme o diretor, dos R$ 23 bilhões gerados em 2008 pela exploração de petróleo, somente cerca de 0,25% ou R$ 885 milhões foram destinados aos estados e municípios onde não há exploração petrolífera.
Fundo Especial do Petróleo leva em consideração as mesmas variáveis do Fundo de Participação dos Municípios para destinação dos recursos. “Em 2008, R$ 12,5 milhões dos R$ 885 milhões foram destinados ao Maranhão e R$ 3,6 milhões para São Luís. O que nos faz perceber que o Fundo Especial de Petróleo é muito pequeno”, pontuou.
Dados da ANP
O petróleo encontrado na área chamada de pré-sal está em profundidade que supera os sete mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
R$ 12,5 Milhões foram destinados para o Maranhão pelo Fundo Especial do Petróleo
R$ 3,6 Milhões dos R$ 12,5 milhões enviados para o Estado vieram para São Luís
http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2009/08/01/pagina158339.asp
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