sábado, 1 de fevereiro de 2014

Aumenta a participação dos industrializados nas exportações do Maranhão

No ano passado, foram exportados US$ 1,53 bilhão de itens industrializados, o que equivaleu a 65,5% da pauta de exportação do estado, segundo o MDIC.


 

A participação dos produtos industrializados na pauta de exportação do Maranhão cresceu em 2013 e voltou aos patamares registrados em 2008, antes da crise mundial gerada pela bolha imobiliária norte-americana. Os dados da balança comercial maranhense, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mostram que, no ano passado, foram exportados US$ 1,53 bilhão de industrializados, o que equivale a 65,5% da pauta de exportação do estado. A maior parte deste volume vem dos embarques de ligas de alumínio, ouro, ferro-gusa, entre outros produtos produzidos no estado.
Ainda de acordo com o MDIC, no ano passado as exportações maranhenses tiveram uma queda de 22,57%, caindo de US$ 3 bilhões para US$ 2,3 bilhões, fato que se justifica pela parada nas exportações de pelotas, que nos últimos 12 anos sempre figurava entre os cinco principais produtos de exportação do estado.
"Apesar das exportações terem recuado em 2013, o volume de industrializados exportados mostra que o estado está exportando melhor, porque está lidando com produtos que têm valor agregado em seu processo produtivo", explicou o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Vinícius Muniz.
Os dados do MDIC mostraram que o Maranhão seguiu a tendência da Região Nordeste em 2013, quando e quase todos os estados apresentaram recuo na mesma proporção nos embarques de mercadorias.
Por isso, o estado continua ocupando a segunda posição no ranking nordestino, com um volume de US$ 300 milhões a mais do que Pernambuco, o terceiro colocado do ranking e que viu sua pauta de exportação crescer 50,9% em 2013.

Brasil - Ao se levar em conta a Balança Comercial brasileira em 2013, o que mais chamou a atenção foi o crescimento do valor agregado das exportações nacionais pela expansão do volume de vendas de produtos manufaturados, o que indica que o Maranhão seguiu esta tendência.
Segundo o MDIC, três fatores contribuíram para isso: aumento do volume diário de embarques de produtos manufaturados, que marcou uma alta de 15,3%, e a retração de produtos básicos, que caiu 9,7% e, dos embarques de produtos semimanufaturados, que registrou queda de 4,7%.
O volume de produtos manufaturados exportados chegou a US$ 93 bilhões, o que representa 38,4% dos US$ 242,1 bilhões embarcados para outros países, o que demonstra uma ligeira retração de 0,16% na comparação com 2012.

Internacionalização - Para dar suporte aos empresários industriais que têm a expectativa de ampliar suas exportações em 2014, a Fiema tem ações para promover negócios internacionais no estado.
A entidade empresarial, seguindo orientação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), criou o Centro Internacional de Negócios (CIN), que dá consultoria, organiza cursos e fornece serviços para empresários que pretendem exportar seus produtos ou trabalhar com um padrão de qualidade internacional.
A atuação do CIN é uma das estratégias adotadas pela Fiema para promover a competitividade da indústria maranhense, pelo fomento à internacionalização das empresas industriais maranhenses.
"Ao fomentar a internacionalização das indústrias maranhenses, a Fiema dá competitividade ao setor, pelo incentivo à adoção de ações de inovação, designer de negócios e gestão. Estamos seguindo esta linha, porque acreditamos que se as empresas locais estiverem em condições de disputar espaço no mercado internacional, com certeza terão produtos com qualidade também para disputar o mercado local e regional", explicou o superintendente da Fiema, Albertino Leal.
O CIN da Fiema funciona no 4º andar da Casa da Indústria Albano Franco, sede da entidade, localizada no Retorno da Cohama. Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone (98) 3212-1896.

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