No ano passado, foram exportados US$ 1,53 bilhão de itens industrializados, o que equivaleu a 65,5% da pauta de exportação do estado, segundo o MDIC.
A participação dos produtos industrializados na pauta de
exportação do Maranhão cresceu em 2013 e voltou aos patamares registrados em
2008, antes da crise mundial gerada pela bolha imobiliária norte-americana. Os
dados da balança comercial maranhense, divulgados pelo Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mostram que, no ano
passado, foram exportados US$ 1,53 bilhão de industrializados, o que equivale a
65,5% da pauta de exportação do estado. A maior parte deste volume vem dos
embarques de ligas de alumínio, ouro, ferro-gusa, entre outros produtos
produzidos no estado.
Ainda de acordo com o MDIC, no ano passado as exportações
maranhenses tiveram uma queda de 22,57%, caindo de US$ 3 bilhões para US$ 2,3
bilhões, fato que se justifica pela parada nas exportações de pelotas, que nos
últimos 12 anos sempre figurava entre os cinco principais produtos de exportação
do estado.
"Apesar das exportações terem recuado em 2013, o volume de
industrializados exportados mostra que o estado está exportando melhor, porque
está lidando com produtos que têm valor agregado em seu processo produtivo",
explicou o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação
das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Vinícius Muniz.
Os dados do MDIC mostraram que o Maranhão seguiu a tendência da
Região Nordeste em 2013, quando e quase todos os estados apresentaram recuo na
mesma proporção nos embarques de mercadorias.
Por isso, o estado continua ocupando a segunda posição no
ranking nordestino, com um volume de US$ 300 milhões a mais do que Pernambuco, o
terceiro colocado do ranking e que viu sua pauta de exportação crescer 50,9% em
2013.
Brasil - Ao se levar em conta a Balança Comercial brasileira em
2013, o que mais chamou a atenção foi o crescimento do valor agregado das
exportações nacionais pela expansão do volume de vendas de produtos
manufaturados, o que indica que o Maranhão seguiu esta tendência.
Segundo o MDIC, três fatores contribuíram para isso: aumento do
volume diário de embarques de produtos manufaturados, que marcou uma alta de
15,3%, e a retração de produtos básicos, que caiu 9,7% e, dos embarques de
produtos semimanufaturados, que registrou queda de 4,7%.
O volume de produtos manufaturados exportados chegou a US$ 93
bilhões, o que representa 38,4% dos US$ 242,1 bilhões embarcados para outros
países, o que demonstra uma ligeira retração de 0,16% na comparação com 2012.
Internacionalização - Para dar suporte aos empresários
industriais que têm a expectativa de ampliar suas exportações em 2014, a Fiema
tem ações para promover negócios internacionais no estado.
A entidade empresarial, seguindo orientação da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), criou o Centro Internacional de Negócios (CIN), que
dá consultoria, organiza cursos e fornece serviços para empresários que
pretendem exportar seus produtos ou trabalhar com um padrão de qualidade
internacional.
A atuação do CIN é uma das estratégias adotadas pela Fiema para
promover a competitividade da indústria maranhense, pelo fomento à
internacionalização das empresas industriais maranhenses.
"Ao fomentar a internacionalização das indústrias maranhenses, a
Fiema dá competitividade ao setor, pelo incentivo à adoção de ações de inovação,
designer de negócios e gestão. Estamos seguindo esta linha, porque acreditamos
que se as empresas locais estiverem em condições de disputar espaço no mercado
internacional, com certeza terão produtos com qualidade também para disputar o
mercado local e regional", explicou o superintendente da Fiema, Albertino
Leal.
O CIN da Fiema funciona no 4º andar da Casa da Indústria Albano
Franco, sede da entidade, localizada no Retorno da Cohama. Mais informações
também podem ser obtidas pelo telefone (98) 3212-1896.
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