sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Assinada a Ordem de Serviço para restauração do Palácio Cristo Rei

Ufma: ordem de serviço para restauração do Palácio Cristo Rei

Ato marca autorização para reforma do Palácio Cristo Rei. Assinatura da ordem de serviço foi feita hoje com solenidade na sede da reitoria
SÃO LUÍS – O reitor Natalino Salgado assinou hoje a ordem de serviço para a restauração e requalificação do Palácio Cristo Rei, imóvel tombado pelo patrimônio histórico que integra o conjunto arquitetônico da Praça Gonçalves Dias. A obra é a primeira a ser iniciada na capital maranhense com recursos do PAC 2 Cidades Históricas, lançado em 22 de agosto do ano passado pela presidente Dilma Roussef. O prédio sediará a reitoria, o museu guardião das memórias da UFMA e um espaço para eventos da universidade.
No ato da assinatura, o reitor destacou a parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, que supervisionará e fiscalizará a obra, orçada em cerca de um milhão quatrocentos e trinta e quatro mil reais, montante já repassado pelo órgão à universidade. “Com essa ação, a UFMA está atendendo a um desejo da sociedade: o de preservar a sua história e o seu patrimônio. E, ao mesmo tempo, fortalecendo a cultura e o acervo arquitetônico da cidade”, enfatizou.
A superintendente do IPHAN no Maranhão, Kátia Bogéa, ressaltou que a reforma integra o programa de reabilitação do centro histórico de São Luís. “Para tocar o conjunto das obras contamos com a parceria do governo do estado, que contratou uma gerenciadora de projetos, fornecendo profissionais gabaritados e técnicos especialistas em restauração, já que a estrutura do IPHAN não seria suficiente”, explica. Em São Luís, serão 44 ações do PAC 2 Cidades Históricas, que contemplará igrejas, fortes, estação ferroviária, monumentos e imóveis tombados.
Outros três equipamentos da universidade no Centro da cidade, como o Palácio das Lágrimas, o Fórum Universitário e o Teatro Tablado também serão beneficiados com os recursos do PAC. Além destes, a UFMA vai restaurar o Palacete Gentil Braga e a Fábrica Progresso – antigo SIOGE – que abrigará o curso de História e o Núcleo de Arqueologia do Maranhão. O espaço receberá 78 mil artefatos arqueológicos descobertos durante os serviços de terraplanagem da Refinaria Premium em Bacabeira. Segundo Kátia Bogéa, na próxima semana a Petrobras formalizará o termo de compromisso de compensação ambiental pelo qual repassará 11 milhões de reais para a obra.
A secretária de cultura do estado, Olga Simão, revelou que desde o anúncio do PAC 2 o Governo do Maranhão tem colocado à disposição do IPHAN à sua estrutura para o desenvolvimento dos projetos. “É uma honra participar desse ato de assinatura da ordem de serviço que marca o início da primeira obra do PAC em São Luís. Este Palácio é uma joia da arquitetura do nosso patrimônio arquitetônico e sua restauração será um presente para toda a cidade”, disse.
Com prazo de execução de 12 meses, a reforma do Palácio Cristo Rei vai adaptá-lo à acessibilidade com a instalação de elevador sem, contudo, perder as suas características originais. O espaço ganhará climatização central, um café e o auditório receberá um moderno tratamento acústico. Os elementos de lioz, esculturas em porcelanas e elementos em ferro serão recuperados, assim como as esquadrias, telhado, piso, instalações elétricas, hidráulicas e jardins.
A solenidade contou ainda com as presenças de José Aquiles Sousa Andrade, presidente da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico, representando o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda, Telma Bonifácio, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, Edilson Baldez das Neves, presidente da FIEMA, Fábio Henrique Carvalho, Diretor da Secretaria Municipal de Turismo, e Andréa Katiane Ferreira Costa, Diretora do Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão.
O Palácio – Situado na Praça Gonçalves Dias, nº 351, o Palácio Cristo Rei tem valor arquitetônico característico dos modelos pertencentes ao século XIX da cidade de São Luís. No gradil central, consta o ano de 1838, data provável de sua construção, cujo responsável pela obra foi Manuel José da Silva Pugão, conforme apontam documentos históricos. Sede do Acerbispado até 1953 quando recebeu a denominação que traz até hoje, o imóvel foi cedido, posteriormente à Fundação Paulo Ramos para abrigar a Faculdade de Filosofia do Estado do Maranhão, formando bacharéis e licenciados em história, geografia, letras e filosofia. Em outubro de 1991, o prédio quase foi destruído por um incêndio. a reforma que passará agora será a mais completa desde então.

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