Há seis meses em São Luís, 13 das 16 jogadoras do
clube vivem em hotel na beira
do mar, em São Luís (MA). Nesta terça, às 20h,
buscam a reabilitação na Superliga
Nikolle, Liz e Amanda na área externa de hotel onde
vivem, em praia de São Luís (Foto: Arquivo Pessoal)
Elas são belas,
simpáticas, talentosas e vivem juntas em um hotel que ficou conhecido como a "casa das 13 mulheres", uma referência à minissérie "A Casa das
Sete Mulheres", exibida pela TV Globo em 2003. Pelo sonho de disputar a
Superliga, as meninas do Maranhão
aceitaram o desafio de defender a equipe estreante e esperam prolongar o
contrato até a próxima temporada. As atletas vivem em um hotel na beira da Praia
de Ponta D'Areia, em São Luís (MA), com vista para o mar e os coqueiros -
segundo elas, o melhor por do sol da cidade. O clima é descontração nos quartos,
corredores e no restaurante comum, com beijos, abraços, piadas e muita conversa.
Algumas vivem em quartos individuais, outras dividem com uma ou duas
companheiras. Apesar do bom convívio, nem tudo são flores. Algumas delas
reclamam da falta de privacidade. Sair com o namorado e voltar na calada da
noite, por exemplo, nunca passa despercebido.
O elenco tem apenas três atletas locais, Nyeme, Rayssa e Tulia, que vivem em casa com suas famílias. Na lanterna, com apenas duas vitórias em 14 jogos, elas buscam a reabilitação diante o Rio de Janeiro, nesta terça-feira, às 20h (de Brasília), no Castelinho, na capital maranhense.
O elenco tem apenas três atletas locais, Nyeme, Rayssa e Tulia, que vivem em casa com suas famílias. Na lanterna, com apenas duas vitórias em 14 jogos, elas buscam a reabilitação diante o Rio de Janeiro, nesta terça-feira, às 20h (de Brasília), no Castelinho, na capital maranhense.
- Há dois anos recebo propostas de times brasileiros, mas tinha outros compromissos. Aceitei o convite de defender o Maranhão porque o time iria disputar a Superliga, uma das três ligas mais fortes do mundo, ao lado da Turquia e do Azerbaijão. Sou a terceira argentina na história do país a jogar na Superliga. Passo oito meses no Brasil e quatro viajando com a seleção. Eu adoro o Maranhão, só morava no inverno e sonhava em viver em um lugar de praia. Estou no paraíso. Não temos muita privacidade, mas é muito gostoso. A alegria e a energia das pessoas torna tudo mais fácil - disse a atleta de 28 anos, apontada como uma das mais bonitas da equipe.
Dani Suco "segura" o Sol em passeio nos Lençóis
Maranhenses (Foto: Arquivo Pessoal)
Ex-jogadora do Osasco, Dani Suco vivia sozinha em um apartamento e avalia os
pós e contras do dia a dia em um hotel.- Esta é a primeira vez que eu moro com várias meninas e dentro de um hotel. Temos o privilégio de não nos preocupar com nada. Não precisamos cozinhar ou limpar, a gente come, deita e dorme. No dia seguinte, está tudo em ordem, roupinha lavada, quarto arrumado... O que falta é a privacidade. A nossa vida social fica muito exposta, todas acabam sabendo com quem a outra saiu, a que horas voltou... No início, era tudo flores. Agora, fica tudo mais estressante. Já imaginou três mulheres de TPM ao mesmo tempo? - perguntou, em tom de brincadeira.
Casa das 13 mulheres: atletas do Maranhão vivem há
seis meses em um hotel em São Luís (Foto: Carol Fontes)
Francielle, mais conhecida como Fran, está acostumada a viver com diversas
mulheres. Apesar de nunca ter morado em um hotel, a catarinense de Brusque já
dividiu o espaço com outras atletas em repúblicas nas cidades de Blumenau,
Criciúma, Novo Hamburgo, Lageado, São José do Rio Preto e Piracicaba. A ponteira
de 22 anos revela que a melhor coisa que lhe aconteceu foi dividir o quarto com
Adriani. Hoje, elas se consideram irmãs e estão sempre rindo pelos corredores do
hotel na maior sintonia. - O que eu mais aprendi na experiência de dividir o mesmo espaço com outras meninas foi ter mais paciência e jogo de cintura. Você divide desde roupas a comida. Sempre me virei sozinha, mas, geralmente, há sempre alguém para limpar e cozinhar. Em cada lugar que eu morei, conheci uma nova cultura de hábitos alimentares. No Maranhão, por exemplo, passei a comer cominho, um tempero usado para quase tudo aqui. Mas o melhor de tudo foi ter conhecido a Adriani, viramos irmãs e temos muita sintonia. Dificilmente, ficamos tristes, as duas têm mania de fazer palhaçada. Éramos vizinhas em Santa Catarina e nem nos conhecíamos. Ela é de Floripa. Não vamos nos separar nunca mais - contou a bela Fran, que já recebeu propostas para desfilar nas passarelas como modelo, mas a paixão pelo vôlei falou mais alto.
Nas folgas, jogadores trocam os uniformes pelos
biquínis na "Ilha do Amor" (Foto: Arquivo Pessoal)
Há apenas seis meses em São Luís, também conhecida como "Cidade dos Azulejos"
e "Ilha do Amor, as jogadoras já estão totalmente adaptadas à nova realidade.
Muitas delas, inclusive, já têm namorados e torcem para que o contrato com o
time seja prolongado por mais um ano. - Estamos bem adaptadas e algumas até namoram, por isso, brincamos que essa é a ilha do amor mesmo (risos). Gosto desse clima de cidade grande com ar de pequena. As pessoas são muito receptivas. Quando não estamos treinando, gostamos de ir à praia. Tem lugares lindos, como a Ponte São Francisco e os Lençóis Maranhenses, outro passeio inesquecível. Fui até de helicóptero com uns amigos. O pôr do sol mais bonito é esse (apontando para a varanda do quarto, que termina na areia da praia). Gostaria muito de continuar, o projeto de vôlei é bacana e estamos evoluindo. Não fizemos amistosos antes da Superliga e, aos poucos, fomos nos entrosando. A maioria das jogadoras quer ficar - contou a ponteira Nikolle, de Sabará (MG).
Liz, que está aprendendo a surfar, aparece em
frente ao seu quarto, na beira do mar (Foto: Carol Fontes)
Quando não estão treinando no Castelinho, as
meninas gostam de frequentar as praias da região (Foto: Arquivo
Pessoal)
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