terça-feira, 18 de junho de 2013

Terminal do Mearim é alternativa logística para a VLI no estado

Terminal Portuário do Mearim (Maquete)

 
Subsidiária da Vale deve investir em armazéns, ferrovias e portos nos próximos anos, de acordo com o diretor de Logística e Pesquisa Mineral da Vale.
 
A Valor da Logística Integrada (VLI), empresa logística criada pela Vale em 2011, com foco no transporte de carga geral e grãos agrícolas, tem como opção construir mais um porto no Maranhão, o Terminal Portuário do Mearim, localizado no município de Bacabeira, 60 quilômetros ao sul de São Luís.
A informação foi divulgada pelo diretor executivo de Logística e Pesquisa Mineral da Vale, Humberto Freitas, em reportagem do jornal O Globo, publicada no fim de semana.
De acordo com o executivo da Vale, a infraestrutura logística atual, localizada na zona portuária de São Luís (dividindo espaço com o terminal de minérios de Ponta da Madeira), e o futuro Terminal do Mearim, servirão para receber parte da produção de grãos agrícolas do sul do Maranhão e do Piauí, Tocantins e estados do Centro-Oeste.
Vale lembrar que, em fins de maio, O Estado havia divulgado notícia de que a VLI têm investido R$ 150 milhões na ampliação da sua estrutura em São Luís (porto, ramais ferroviários e armazém). O chamado Terminal Portuário São Luís, atualmente, movimenta 100% da soja exportada pelo Porto do Itaqui (berço 105). Em 2012, as exportações com grãos alcançaram a marca de 3,3 milhões de toneladas.

Mearim - Ainda em relação do Terminal do Mearim, a estimativa, segundo o executivo, é que a capacidade de movimentação anual de 5 milhões de toneladas, projetada para a primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que está em fase de construção no Porto do Itaqui, não seja suficiente para atender a demanda de escoamento das próximas safras, o que justificaria o investimento no novo porto.
"A VLI vai investir em portos. Está muito atenta à capacidade de portos no Norte. Com movimentação de 5 milhões de toneladas de grãos, o Tegram [quando entrar em operação, prevista para o fim deste ano] vai aliviar esse sistema. Quando isso virar gargalo de novo, aí estará na hora de pensar no Mearim", disse Freitas, conforme o noticiário.

Logística - Ainda segundo Freitas, a VLI vai concentrar suas operações em três corredores logísticos. Um deles ligará os estados de Goiás e Maranhão.
As cargas serão transportadas pela Ferrovia Norte-Sul e pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) até um terminal em São Luis (Ponta da Madeira e berço 105 do Itaqui), criando uma alternativa de escoamento para o agronegócio.
Outro corredor abrangerá os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, absorvendo produtos siderúrgicos e grãos. Os trens percorrerão a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) até o Porto de Vitória (ES).
Segundo informes da subsidiária, haverá ainda um corredor conectando Minas Gerais e São Paulo. Nele, a FCA será usada para escoar açúcar e grãos até o Porto de Santos.
Há ainda dois corredores menores, ligando Minas a Bahia e Minas ao Rio, que também estão nos planos da empresa.

Números


R$ 9 Bilhões é a estimativa de investimento da VLI, o que inclui a construção de armazéns e a ampliação de terminais portuários.
2.500 Vagões de carga devem ser adquiridos, de acordo com a estimativa da empresa.
230 Locomotivas novas devem ser adquiridas, de acordo com a estimativa de investimentos da empresa.

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